True Blood 5x12 (Season Finale): Save Yourself
31.8.12
Caminho sem volta.
Alan Ball, criador e produtor executivo de True Blood,
esta deixando a série e no último episódio escrito por ele decidiu criar eventos a partir dos quais é inimaginável que a série volte a ser
o que era antes.
Primeiramente, há a consolidação definitiva da mudança de
personalidade de Bill, que deixou de ser um vampiro pacífico e se tornou alguém
completamente diferente, maquiavélico e imprevisível. Infelizmente Stephen
Moyer, intérprete de Bill, deixa a desejar ao mostrar essas mudanças na sua
atuação. É possível perceber como ele está diferente pelo que diz e como age, mas a
atuação jamais vai além do Bill que já conhecemos.
O outro evento é o renascimento de Bill, que, depois de
beber o sangue de Lilith, ressurge modificado da sua própria poça de sangue.
Esse fato me faz analisar em retrocesso toda a temporada de outra maneira.
Sempre parti da pressuposição de que Lilith era uma alucinação dos vampiros
induzida por um sangue que pensava ser de fada. Mesmo que tal divindade
existisse esperava algo mais ao estilo do Dionísio tão buscado por Maryann na
segunda temporada, mas jamais alcançado de fato por ela.
Com sua cena final dessa temporada, True Blood exibiu uma
manifestação muito mais concreta do poder divino na série, expandindo seu já
enorme universo de possibilidades. Mais importante ainda, Bill está em um
caminho sem volta em direção a um inevitável confronto com os outros
personagens da série. Qualquer futura tentativa de desfazer o que foi mostrado
nessa temporada e colocar Bill novamente como o vampiro descrito por Sookie em
seu apelo desesperado para que abandonasse seu desejo de consumir o sangue de
Lilith será inevitavelmente falha, podendo ser facilmente interpretada como um
ato de covardia dos sucessores de Alan Ball no comando da série já que eles
abandonariam possibilidades interessantíssimas apenas para voltar ao lugar
comum de TB.
Infelizmente nem só de bons momentos o episódio foi construído.
O fim de Russell o tornou uma figura inútil nessa temporada, servindo apenas
como um subterfúgio para levar Bill e Eric a se envolverem com a Autoridade.
Enquanto na terceira temporada tudo foi feito para víssemos uma conclusão
catártica para o desejo de vingança milenar de Eric e isso não aconteceu,
criando um enorme anticlímax naquela temporada. Nessa temporada a disputa entre os dois é encerrada
da maneira mais desinteressante imaginável, sem emoção ou impacto.
Outra idéia particularmente infeliz executada nesse
episódio são as visões de Jason que, de repente decide que odeia todos os
vampiros, até Jessica, por quem estava apaixonado. As justificativas para essa
necessidade repentina de colocar uma estaca no coração de qualquer fanger que vê pela frente - um raio de
fada e o conhecimento das reais circunstancias da morte de seus pais - não poderiam ser mais pedestres. Toda a
trajetória do irmão de Sookie nesse episódio soa como uma tentativa apressada
de criar um conflito entre os Stackhouse, colocando-os em lados opostos no
iminente conflito entre os humanos e as criaturas sobrenaturais.
Conflito esse que pode ter sido iniciado por — quem
diria? — Luna, na inesperada cena na qual ela revela ao vivo n a TV as reais
intenções dos vampiros e, acidentalmente, a existência dos shapeshifters.
Esse episódio restaurou todo meu interesse na série, que
cada vez mais se via vitima da inércia criativa de seus realizadores. Quem
venha sexta temporada e que o novo showrunner
não estrague tudo.
PS: Quem se importa com Andy e seus quatro filhos?
2 comentários
LAMENTO MT POR TUDO... mas realmente tbm acho q o unico ponto interessante da temporada foi o renascimento de bill de da onde podemos crescer com isso... um confronto final entre ele e fadas... n sei... só sei q gostaria de não ver outra temporada tão covarde e inerte como essa como vc bem disse...
ResponderExcluirvc analisa mto bem o que se passa com true blood, gostaria de ver algo aprecido com the vampire diaries.
ResponderExcluirO Beal se tornando um ser ruim, vai ser difícil de acreditar, conhecendo como ele sempre foi. Quem sabe nao vem uma surpresa às avessas por aí ?
verdade, que se importa com Andy e seus quatro filhos?
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