The Hollow Crown 1x04 (Season Finale): Henrique V
27.8.12
Tudo que é bom, dura pouco!
Chegamos ao final da temporada de
The Hollow Crown, que durou apenas quatro episódios e foi tão curtinha quanto o
reinado de Henrique V. Só não imaginei que acabaria gostando tanto e ficaria
realmente tão triste por não ter um novo filme na próxima semana. Não serve de
consolo, mas já estão quase certas novas adaptações para o futuro, sobre as
quais lançarei olhares tão curiosos quanto aqueles que me trouxeram a esta
jornada.
Surpreendendo a todos, dos mais
nobres aos simplórios plebeus, Henrique V faz um reinado excelente, sendo bom,
justo, temente a Deus e fiel aos bons princípios. Assim, conquista o respeito do
povo, do clero e dos nobres e goza da fervorosa lealdade dos súditos.
A verdade é que este rei trouxe
consigo experiências valiosas do convívio com a população, sabendo também tirar
o melhor proveito de sua educação para governar com sabedoria, instituído de
autoridade, mas também de uma simplicidade e humildade que cativava a todos.
A morte de Falstaff encera
definitivamente a parte boêmia de Quinto, entretanto, a fama adquirida durante
seu leviano principado perdura no entorno do reino e suas pretensões políticas
são tratadas como caprichos dignos de deboche e pouco crédito. É a necessidade
de lidar com esta imagem e conquistar o respeito dos demais monarcas que acaba
levando Henrique V à guerra contra a França.
Se Tom já reinava absoluto em cena
nos episódios anteriores, agora ele o faz plenamente, de talento e de direito!
É muito fácil compreender todo fascínio e adoração que ele evoca por onde
passa. Ele está disposto a ouvir seus conselheiros, participar da batalha e encorajar
cada humilde soldado. Poucos foram capazes de dividir a cena com ele sem serem
totalmente ofuscados.
Um dos melhores momentos do
episódio acontece no acampamento de guerra, na expectativa do confronto com o
exercito francês. A diferença de ânimo em cada lado é muito bem explorada e
deixa clara a inferioridade britânica, não somente em números, mas em condições
físicas e emocionais. Assim, ao final da batalha não restam dúvidas sobre o
papel que Henrique desempenhou naquela vitória avassaladora, sendo seus
principais méritos encorajar os companheiros, usar boas estratégias e ter uma
fé fervorosa. Depois de tudo, sua postura ainda é de humildade ao reconhecer e
dedicar o resultado ao Deus para o qual tão veementemente se prostrou.
“Oh, Kate,
os costumes se curvam aos grandes reis!”
Meu lado fãgirl foi ao delírio também! Eu já estava aqui toda derretida com
o honrado rei, o corajoso guerreiro, o homem simples, o arqueiro posudo, mas o que foi aquele pedido de
casamento? Tinha como não gritar “yes”? Tão fofo e desajeitado, mas ao mesmo
tempo tão verdadeiro e honesto que a Katherine não poderia mesmo desejar um
arranjo melhor.
O reinado foi curto, mas contou
com grandes e memoráveis feitos, entrando para a história de sua nação de
maneira positiva, honrada e saudosa.
A temporada foi excelente e me
surpreendeu. Em quatro episódios que equivalem a dez em tempo de duração, tivemos
um panorama político conturbado, centralizando a ascensão e queda de três reis
muito distintos. Toda trama foi bem desenvolvida, a qualidade foi uma
constante, mantendo a fidelidade ao texto que buscou adaptar. A figura central
esteve sempre amparada por interpretações fantásticas que contribuíram muito no
resultado. Cenários e fotografia completaram com louvor.
Por fim, a todos que
acompanharam, foi uma honra dividir esses momentos preciosos com vocês. Sei que não é fácil encontrar amigos dispostos a dar uma chance a uma obra clássica, mesmo com uma produção tão primorosa.
0 comentários
Comenta, gente, é nosso sarálio!