Person Of Interest: 1ª Temporada
30.5.12
Um bom exemplo de procedural
bem feito.
É a natureza de um procedural
, expressa já no em seu nome, ser
repetitivo. Produtores encontram uma fórmula, ela faz sucesso e eles jamais
fugirão dela. Person Of Interest
segue precisamente a essas regras, mas graças há uma excelente premissa e o
desenvolvimento cuidadoso dela conseguem fazer com que a série seja muito mais
do que é possível imaginar.
Se nos primeiros episódios vimos a construção da dinâmica
entre Finch e Reese, a medida que a temporada avança, conhecemos detalhes do
passado de ambos, que não estão lá apenas para preencher episódios, mas que
ajudam a compreender como ambos se tornaram os homens que vemos hoje. Assim,
mesmo que tenham passados completamente distintos, os protagonistas são
igualmente atormentados pelas conseqüências de complicadas decisões que tiveram
que tomar.
Analisando a temporada, é possível notar um cuidado em
desenvolver igualmente os dois personagens. Num episódio vemos o que aconteceu
com Jessica que tanto afetou Reese, em outro descobrimos que Finch foi casado —
vale notar como Finch parece estar sempre um passo a frente de Reese, que
apenas descobre a existência de Grace por o primeiro permite — mas abandonou a
esposa para que ela ficasse segura.
Sendo um procedural, em ambos os episódios centrados no
passado dos protagonistas (Manny Happy Returns
e No Good Deed) era necessária a
presença de um caso da semana. O que poderia ser apenas uma trama que nos
distraísse da parte do episódio que realmente importa, acabam se tornando
elementos que existem em perfeita coesão com os passados dos protagonistas.
Mesmo nos episódios em que o caso da semana parece
completamente avulso, os roteiristas revelam um cuidado em conceber tramas que
sempre são interessantes, com reviravoltas que, mesmo eventualmente se
repetindo (em Person of Interest nada
é o que aparenta ser) funcionam nos episódios que, mesmo que pareçam menos
inspirados que aqueles onde temos o desenvolvimento de tramas que se estendem
além de um episódio, conseguem ser satisfatórios.
Apesar de todas essas características positivas, nunca
imaginei que a série seguiria pelo caminho apontado nessa reta final. Em uma
das reviews passadas, mencionei que a idéia da maquina ter alguma consciência e
ser capaz de fazer mais do que foi programada era interessante mas duvidava que
seria levada a diante. Felizmente, parece que eu estava enganado já que muitos
eventos mostrados no fim da temporada sugerem que a maquina pode sim ser
autoconsciente ou algo próximo disso, adicionando a série que já aparentava ser
o inicio de uma distopia um forte elemento de Sci-Fi.
Assim, com um bom histórico da primeira temporada e boas
promessas para a segunda, Person Of Interest foi uma agradável surpresa dessa
temporada que merece ser acompanhada.
3 comentários
Caro, buenas.
ResponderExcluirConcordei contigo. Achei a série também super interessante.
Vi o piloto e pensei "Ah desculpa não aguento mais procedurais" e deixei pra lá. Mas pode ser que eu dê uma segunda chance durante a summer season.
ResponderExcluirEu vi um episódio na Warner.. nem sei qual.. mas gostei bastante! E já que agora é o momento de fazer maratonas.. acho que essa série vai ser uma boa opção.. =)
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!