One Tree Hill 9x11: Danny Boy
1.4.12 Palmas, palmas e mais palmas. Estou aplaudindo de pé. Esse foi, sem dúvida alguma, um dos melhores episódios em nove anos de One Tree Hill e notem: não é nada fácil escolher apenas alguns para um top 10. Para mim, Danny Boy não ganha a liderança, mas pegou um honrado segundo lugar, perdendo apenas para o episódio do tiroteio na escola, sem o qual a evolução de Dan Scott até esse final, jamais seria possível.
Eu não queria que Dan morresse. Achei, assim como Deb, que ele sambaria em nossos caixões, gritando que ninguém pode matar Dan Scott, nem incêndios, atropelamentos, ataques cardíacos e cachorros que comem corações. Já disse e repito – da minha posição de fan girl total, dannizete mesmo – Dan Scott é o vilão dos vilões, mas até ele encontrou a redenção. Esse é o grande trunfo desse episódio e da temporada final de One Tree Hill.
A trajetória de Dan é uma das mais sólidas e interessantes. Não só pela interpretação de Paul Johansson, que sempre soube dosar o humor doentio de Dan com aqueles momentos de pura maldade. Nunca consegui odiar Dan. Nunca. Nem quando ele matou Keith. Eu sabia, naquele momento, que estava diante de algo que nortearia o restante da série e não me enganei. Seis temporadas depois, os acontecimentos daquele dia ainda se refletem nos personagens e ainda fazem parte da história.
Isso é o que eu chamo de roteiro inteligente. A capacidade de não fugir de elementos importantes, não esquecê-los ou enterrá-los completamente, aproveitando cada possibilidade de explorar detalhes mínimos. Mark Schwahn fez isso. One Tree Hill é uma das produções mais bem amarradas a que já assisti, podem acreditar. Quem aproveitou para fazer maratona das temporadas antigas já sabe disso e quem pretende fazer isso depois da Series Finale também perceberá.
Outro ponto a favor é nível de emoção que conseguiram alcançar. Dan vem tentando se redimir e encontrar a paz desde o final da terceira temporada da série, mas nunca conseguiu deixar de lado velhos costumes. Sempre que precisou, Dan apelou para suas habilidades malignas e para seus escrúpulos maleáveis, mas ninguém pode dizer que ele não tentou ser uma pessoa melhor, especialmente em relação à família.
Demorou muito até que Dan encontrasse em Jamie algum alento, mas foi só agora, com o seqüestro de Nathan, que ele pôde provar que não é mais o bastardo egoísta, fanático por vencer e por basquete, que sempre foi. Realmente acredito na mudança de Dan, porque ela não foi extrema. Ele não alcançou a perfeição, mas aprendeu com os próprios erros e tentou mudar a partir deles.
Fiquei muitíssimo emocionada com a presença de Keith. Eu esperava muito por isso e não imagina um final para Dan sem esse reencontro e sem o perdão do Big Brother. Texto impecável e sem deixar qualquer aresta. Explicou Dan como jamais um vilão foi explicado antes, relembrando momentos chave e sentimentos de que nunca esquecemos.
Cada cena de despedida, cada lágrima, cada pedido de perdão valeu a pena e me deixou em estado lastimável. Foi impossível não chorar com Haley, Nathan e Jamie. Impossível não se debulhar em lágrimas ao ver Dan e Keith, dois irmãos, unidos novamente, dessa vez, sem inveja para atrapalhar. Foi tudo tão lindo e especial, que tenho certeza de que nunca esquecerei esse momento e do quanto ele foi importante nesse desfecho de One Tree Hill.
O engraçado é que mesmo em meio ao drama, houve tempo para humor e piadas certeiras. Quando Dan abre os olhos e vê Deb, dizendo “Am I in hell?” eu dei uma das gargalhadas mais espontâneas da minha vida. Lembrei da época em que eles viviam em pé de guerra, com Deb esquentando água com melado para que grudasse em Dan e o queimasse. Ele, em resposta, fazia xixi na piscina em que a esposa nadava toda manhã, desejando um bom mergulho, no melhor estilo troll.
A cena mais forte, porém, foi aquela em que Dan, já se despedindo de vez de seu corpo, tem a chance de conversar com Nathan em sua imaginação e, finalmente, aproveitar uma partida de basquete na Rivercourt, sem a pressão da competição. Não imagino Dan saindo dessa vida de outra forma.
Paralelamente, voltaram a tocar na história de Brooke com o pai, o que também foi emocionante, já que ela sofre com o abandono desde a 1ª temporada. Finalmente deram algum trabalho para Julian e senti ai, uma vibe meio Dawson’s Creek, porque por lá, a história dos personagens também vira série de TV no final.
Ainda na temática de pais e filhos, Clay começa a se aproximar de Logan e o final feliz deles, ao lado de Quinn, já fica meio desenhado. Daqui para frente, falta pouco até o fim e é hora das despedidas e de vermos nossos amados personagens ganhando um final feliz. Eu quero muito isso. Já sei que vou chorar de alegria no final de One Tree Hill.
P.S* Dois episódios até One Tree Hill.
P.S* Se a série tivesse acabado aqui, eu estaria mais do que satisfeita.
P.S* Achei completamente plausível que Lucas não aparecesse para se despedir de Dan. A relação deles nunca passou de momentos de raiva e frustração, complicada a um nível impossível depois da morte de Keith.
P.S* A tática de usar apenas um dos gêmeos de Brooke e Julian continua.
P.S* Eu amo Mark Schwan. Always and Forever.P.S* Naley. Always and Forever.
P.S* Danny, you are my plus one!
0 comentários
Comenta, gente, é nosso sarálio!