Um novo começo para a boa esposa.

Quando The Good Wife estreou, na fall season de 2009, eu lembro de ter apenas tratado o piloto da série como mais um dos milhões que eu já havia assistido, ou que estavam esperando para ser assistidos. Sabe aquela lista de checks que a gente vai dando a cada season/series premiere no ano quando chega setembro?

(Não? Ok... então só eu faço isso.)

O primeiro episódio foi realmente muito bom, já dava para perceber que atuação e roteiro eram o que primavam na série. Mesmo assim, eu ainda não tinha sido fisgado pela trama da esposa traída e não sabia muito bem o motivo. Foi somente três semanas depois, se eu não me engano, que decidi ver o segundo.

E foi o que bastou. Eu só precisei persistir por mais um episódio. Apenas mais 40 minutos foram necessários para me mostrar que a série era contraste dentre as outras estreias, e que era um contraste bom. E sabem o porquê? Por uma única e simples razão: A série dos Florrick não é um mero drama procedural sobre tribunais, processos e quem-é-o-culpado-do-dia. Na verdade, ela é uma série sobre pessoas... BRINCADEIRA kkkkk... o que eu quero dizer, realmente, é que ela é sobre tudo isso que eu já citei e muito mais. Toda vez que me perguntam sobre The Good Wife (geralmente porque eu fico insistindo), eu já aviso logo que a parte "filler" é a que menos importa na trama.

Mesmo sendo um must (alô @LuSuperpop!) no episódio, os casos do dia não são o meu maior chamariz em The Good Wife. Eu me empolgo com a série, eu espero sair o arquivo mesmo sem legenda até tarde da noite, eu fico comentando como um louco o que aconteceu no episódio no twitter (aproveita e me segue aí) porque eu quero ver o olhar de poker face da Alicia, saber como o Eli Gold vai fazer para vencer a campanha - além da prestigiar sua comemoração discreta - se a Diane vai dar a risada dela, o que a Kalinda vai quebrar dessa vez com o taco de baseball, quero ver aquele leãozinho de novo, ou quais serão, agora, as falcatruas que vão rolar na Lockhart/Gardner. Esses são os verdadeiros fios condutores da série - tem mais, logicamente. Os casos jurídicos são apenas o pano de fundo.

Deix eu falar para vocês o quanto The Good Wife cresceu nesses dois últimos anos, ficou tão excelente quanto já era, melhorou bastante o seu roteiro que sempre foi bom, que eu só tenho medo dessa nova temporada. I mean, não que eu não tenha plena confiança no casal gênio de roteiristas do programa. Mas é que ela é tão ótima, que se eles resolvem melhorar, podem acabar estragando (mentira, pode melhorar mais ainda, sim!).

Percebam que a série começou sobre uma mulher traída que voltou a ser advogada e tinha seus casos do dia, daí, alguns casos do dia começaram a se mesclar com o passado do marido, daí o marido saiu da prisão, daí ele resolveu recomeçar a vida política, daí a política entrou com força no roteiro, daí aparece Eli Gold, daí aparece os inimigos do marido dela, daí os inimigos do marido dela acabam sendo inimigos da boa esposa nos tribunais, daí vemos o passado vir a tona, daí você vê que todos os personagens estão conectados desde o começo (tipo Lost... kkkk), Kalinda, Peter, Alicia, daí as coisas se complicam na Lockhart/Gardner e os benefícios que Alicia possui com Peter servem para ela usar para se dar bem na firma. E no final... #suspiro... você se depara com uma série grandiosa em vários aspectos. Não somente sobre um tribunal.

E deixa eu falar uma coisa novamente para vocês: esse terceiro ano tem tudo para superar o segundo.

A última season finale terminou com aquela porta do quarto de hotel se fechando e a gente com os olhos esbugalhados querendo gritar em frente a tela (ao menos eu estava assim). O irritante mesmo foi ter visto uma galera reclamando desse final por não ter sido BOMBÁSTICO etc. Amigo, The Good Wife nunca precisou e nem irá precisar ser BOMBÁSTICA para ser boa. Aliás, qual o problema desse povo que sempre espera milhões de mortes, bombas e gravidez em season finales? Desculpa, mas nem toda série precisa ser Grey's Anatomy (RT @erika_ribeiro: #BOOOM na face de vocês!!! )

Enfim, deixa eu voltar que eu já até perdi meu foco. Agora, com Alicia mais independente do que nunca, sensual (fiu, fiu nos porters!) e não baixando a guarda para as guerras que virão, The Good Wife vai pegar fogo e eu mal posso esperar pelo dia 25 de setembro. Peter e Cary se uniram para tentar derrubar a Lockhart/Gardner e eu sei que o supra sumo da temporada vai sair dessa parceria. E outra: O Eli Gold agora usará os recursos da Lockhart/Gardner para a campanha de governo do Peter, certo? Porém, o Peter vai tentar vencer os casos da Alicia com a ajuda do Cary, certo? Então meus caros, mais motivos para fights!

Fora que ainda saberemos como ficará a relação entre Alicia e Will, e principalmente, como isso irá acarretar no trabalho dela, já que agora a boa esposa está para se tornar sócia da firma.

Mas não devemos esquecer também da KaLINDA, que me partiu o coração ver sua amizade com a menina Marguiles ser destruída. Sério, aquela cena dela no elevador está no mesmo nível da cena de Alicia indo embora chorando no penúltimo episódio da temporada passada.

Pois é galere, parecia que iria ser uma eternidade, mas já está bem aí: Domingo agora, dia 25 de setembro, volta a melhor série da TV aberta dos EUA e nem tentem dizer o contrário porque senão o alerta #PNC desse texto vai soar kkkkkkk... enfim, acompanhem as reviews aqui no S.A., e eu já deixo um recado para aqueles que ainda não veem The Good Wife: amigo, largue tudo o que está fazendo - incluindo necessidades fisiológicas - e faça sua maratona já! Você não irá se arrepender (In my opinion).