O pior até aqui.

Quando, em um episódio, as tramas secundárias da série ou cenas de sexo são utilizadas com o mero propósito de gastar tempo, a impressão é de que a historia pouco avançou. Assim foi esse oitavo episódio de True Blood que, recheado de momentos relevantes para tramas irrelevantes, quase foi um filler.

Mesmo sem grande importância — não acredito que em algum momento elas vão se encontrar com a trama principal —, as historias de Sam, Lafayette, Jessica e outros personagens não são ruins. Entretanto, elas não têm força para sustentar um episodio inteiro.

O bando dos lobisomens parece ter sido colocado na série apenas para justificar a presença de Alcide e criar algum conflito para o personagem, que tem que lidar com a proibição de seu novo líder em se meter na briga dos vampiros e os ciúmes de Debbie.

Até o momento, acho que não havia gasto sequer uma frase em minhas reviews para falar do vicio de Andy em V, afinal essa idéia dos roteiristas apenas proporcionou cenas ridículas - ou eu deveria ficar emocionado como o drama do viciado prestes a lamber o chão? -. Se devia ser um alívio cômico, falhou. Andy funcionava muito melhor como o policial looser e rabugento. Sem as drogas, ele era mais eficiente em fazer rir.

Lafayette incorporado foi engraçado — muito mais do que Andy que deveria ser o lado mais cômico da série — principalmente pela expressão corporal. Apesar disso, essa trama tem dois problemas. O primeiro: em algum momento Rene teve algo a ver com o bebê ou o que, antes dele ganhar o boneco, Arlene pensava ser alguma manifestação sobrenatural nada mais era que algo da cabeça dela? O segundo: em algum momento a ida de Lafayette e Jesus ao México vai revelar algum propósito maior do que servir a uma trama secundaria? Caso a resposta seja não, foi uma grande perda de tempo.

Jessica finalmente terminando com Hoyt foi um avanço, afinal isso já era sugerido desde o inicio da temporada. Imagino que seja uma questão de tempo até que ela fique com Jason, mesmo que ele tenha imediatamente afastado ela.

Em meio a todas essas tramas que em outros episódios eram meramente secundarias mas ganharam destaque excessivo em Spellbound, temos ainda os delírios de Sookie e Eric após beberem o sangue um do outro. Em qualquer outro episódio que não parecesse uma imensa pausa nas tramas principais, não teria problema nenhum com essas cenas, mas nesse episódio elas pareceram apenas o pior dos recursos utilizados para gastar algum tempo.

A parte mais importante do episódio ficou mesmo para o final, onde tivemos o breve confronto entre os vampiros e Antonia, que fora tão rápido que não há nem o que falar sobre a cena. Minhas expectativas continuam altas para os episódios a seguir, afinal por que mudariam se não aconteceu nada de muito importante nesse episódio? Ele é um elemento nulo nessa temporada.