Spartacus - Gods Of The Arena: Season 2
22.7.11O prelúdio de “Spartacus: Blood and Sand” chegou. E qual é o resultado? Muito sangue. Claramente tivemos um problema de orçamento, já que cortaram mais da metade da temporada, para míseros 6 episódios, tornando-a uma mini-série. Os roteiristas devem ser inteligentes e sabem que poderiam muito bem ter feito uma temporada melhor ainda que o Blood and Sand, mas com 6 episódios, quase nada aconteceu. Mas não importa, vamos aos fatos.
Gods of The Arena mostra a história da ascenção da Casa de Batiatus e seus campeonatos antes da aparição de Spartacus. Batiatus está preparado para tirar o trono do Batiatus-pai e assumir controle do ludus.
Comento que, no começo do primeiro episódio, fiquei decepcionado. BAS teve um final perfeito, em termos de roteiro, conclusões e de efeitos. Foi muito sangrento, foi, mas totalmente divertido. A luta inicial desse prelúdio não foi divertida e nem foi tão nojenta, como foram as de sua série-mãe. Porém, foram necessários certos diálogos no começo e saber como Crixus se tornou escravo de Batiatus. Ter visto Solonius como um amigo (aliás, um irmão) foi intrigante, e já no começo dava para perceber como essa aliança entre os dois seria finalizada. Ver ele e Batiatus fazendo suas necessidades, como um shadoobie (nº2), foi inapagável. O episódio foi bastante calmo, comparado a outros da série e também de BAS. Mas o final ajudou a fazer com que Gods Of The Arena se tornasse tão promissor como seu antecessor.
Dúvidas que permaneceram após ver Blood and Sand, aqui, foram sanadas. A história de Doctore (Oenomaus) foi totalmente coerente. O escravo foi o primeiro a sobreviver à uma luta com o Sombra da Morte e é claro que ele gostaria de voltar as arenas. O fato de ele ser o melhor dali, ofuscando até Gannicus e Crixus mostra o tanto que ele é motivado e totalmente talentoso no que faz. Uma pena que teve que virar um doctore, ficando bem longe de seu palco e ainda perdendo a mulher, virando corno, ainda por cima. Portanto, o fato dele ter ajudado no final de Blood and Sand mostra que, ele não ficou feliz com a decisão de Batiatus. Pela forma que a temporada de BAS estava mostrando, o comportamento dele teria sido totalmente incoerente. Dessa vez, eles não deram muita atenção a Crixus, e isso foi bastante agradável, já que ele não é simpatico. Porém, eles não deram praticamente nenhuma explicação sobre o passado de Crixus. Não entendi, de maneira alguma, a motivação dele em se tornar um campeão, sendo que é um animal e também muito despreparado, como o Spartacus. Uma rápida conversa com Batiatus o fez mudar de idéia? Aquela conversa nem foi tão boa assim.
Há algumas storylines que eu sabia que brotariam na série antes mesmo de ver os episódios seguintes: Claramente, algum escravo iria ficar com vontade de fornicar com alguém lá de cima. Não foi tanta surpresa quando Gannicus foi forçado a trepar com a mulher de Doctore e ainda possuir sentimentos em relação a ela.
Durante todos os episódios, Batiatus tenta conseguir o que quer: ser diferente de seu pai. A forma com que ele consegue, é duvidosa, mas percebemos já em BAS que o personagem é venenoso e ambiçioso. Gostei do Batiatus-pai ter aparecido e tentado colocar ordem na Casa, sendo que Batiatus, atraves de uma noite de orgia entre Gannicus e Melitta já havia conseguido o que tanto desejava: ter um de seus homens lutando no primus. O paizão foi um problema durante todo o tempo: ele era muito bonzinho em seus negócios, sendo um verdadeiro pau-mandado. Entretanto, ele parou de ser a vadia quando decidiu acabar com o casamento do filho ou mandar ele embora. Não foi surpresa alguma que o vinho fora invenenado por Lucretia. Surpresa seria se ela não causasse a morte do sogro, na verdade.
Nessa temporada, Lucretia era praticamente a cafetona já que em todo episódio fazia de sua casa um verdadeiro puteiro, cheio de orgias. Ela não aceitaria a morte da amiga sem provocar Tullius, como seu sogro queria. Não é da natureza do casal se acomodarem e ficarem sem planejar a morte dos outros. Eles não iriam simplesmente desistirem, abaixar as calças e virar as putinhas de Tullius, do jeito que o papai-velho virou.
Dessa vez, o roteiro foi bem mais trabalhado e complexo do que o começo de BAS. Não sei dizer como, mas senti que esse pre-quel foi mais inteligente do que o seu antecessor. Não há dúvidas que essa nova série foi necessária para os fãs que já viram e gostaram de Blood and Sand, mostrando como tudo aconteceu. Quem diria que Batiatus realmente amava sua mulher, a ponto de sair da villa? Eu não imaginaria isso. O pior era saber que alguns personagens de lá não veriam a luz no tunel, já que não estavam em Blood and Sand.
A sacada no final em que Solonius comenta que Gannicus deveria ser libertado foi genial. Não achei, porém, que a reação de Batiatus foi de acordo com o que ja havia acontecido durante toda a temporada. Em todo episódio um dos problemas era que Batiatus não queria abrir mão de Gannicus... quase morreu por causa dele! De repente, ele aceita a libertação dele? De novo, pque ele estava passando com Tullius foi exatamente, porque ele não queria vender e muito menos, abrir mão de Gannicus. De repente, ele aceita isso daquela forma? ops!
No geral, foi uma boa temporada e principalmente, boas histórias. Não queria que certas coisas tivessem tomado o rumo que tomaram, mas isso faz parte. Tirando algumas falhas de roteiro já faladas acima, foi um ótimo prelúdio para a história principal. Agora, com a segunda temporada da série original chegando, infelizmente, a maioria dos personagens desse prelúdio e até da série-mãe não voltarão. Uma solução: fazer uma nova temporada de Gods Of The Arena, trazendo de volta Batiatus e Lucrecia, que foram praticamente a alma e o coração dessa nova série.
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