Gossip Girl 4x20: The Princesses And The Frog
9.5.11
Prever o que vai acontecer em Gossip Girl esta cada vez mais fácil. Esse episódio é o exemplo perfeito de que muito do que falo sobre a série é verdade e quando ela elimina, ou reduz, seus pontos fracos, consegue ser muito melhor.
Na review do episódio anterior, comentei sobre como os roteiristas preferem a armação ao confronto direto entre os personagens, e como essas armações e intrigas deixaram de ser uma característica da série para se tornar algo artificial. Nesse episódio, os roteiristas mostram que não só é possível deixar essas intrigas desnecessárias de lado, como é possível desenvolver uma boa história a partir disso.
O noivado de Blair foi interessante por mostrá-la mais madura e, genuinamente, tentando deixar Chuck para trás, mesmo que, acredito eu, isso só dure alguns episódios. Ela não precisou de armações ou infantilidades para conquistar Louis. Muito pelo contrario, ela simplesmente enfrentou todas as pessoas que estavam naquela festa, mesmo que ela ainda tenha procurado segredos sobre os convidados da festa.
Chcuk — numa repetitiva mas eficiente trama — esta novamente em uma espiral decadente, assim como na segunda temporada quando seu pai morreu. Toda vez que ele fica obcecado com a figura do pai, em tentar superá-lo ou entendê-lo, ele se torna um personagem bem mais complexo. Isso, somado a iminente perda de Blair, faz com que o conturbado relacionamento dos dois seja o ponto alto do episódio. Assim como ela, Chuck também não recorre a planos mirabolantes para afastá-la de Louis, eles apenas conversam — ou brigam — e as cenas entre eles são melhores do que qualquer resultado produzido por algum plano mal feito.
(Obs. Ponto para a direção do episódio, que fugiu do estilo burocrático habitual da televisão e usou ângulos inclinados quase todas as cenas de Chuck, expressando assim o se estado atual, inadequado, com uma visão alterada da realidade.)
Essa foi a parte boa do episódio, aquela que demonstra que é possível que o roteiro de Gossip Girl faça sentido. O resto, é apenas a loucura de sempre, com Charlie se revelando a nova manipuladora da série — algo previsível —, Serena em sua briga boba e inexplicável com Blair e a reação exagerada de Raina ao saber da morte da mãe — o que Chuck tem com isso para se tornar o alvo do ódio tão repentino e mal explicado de Raina? — que apenas parece um meio artificial de movimentar a série.
Felizmente essas partes ruins do episódio tiveram menos destaque quando comparadas as boas, resultando num episódio que pode ser qualificado como ‘bom’, adjetivo que raramente tenho atribuído a qualquer aspecto da série.
PS: O Rufus arrumou um trabalho. Isso é um acontecimento bombástico!
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