Na semana em que a CW anunciou suas renovações o ritmo do episódio de Hellcats é tão lento que parece que a série está pedindo um cancelamento.

Todos sabem que gosto de Hellcats, mesmo que a série não seja a oitava maravilha do mundo. Não é mesmo. O roteiro é fraquíssimo, não dá para dizer outra coisa, mas ainda vale algumas risadas. O problema é que estamos apenas na primeira temporada e a série tinha a obrigação de empolgar mais.

Um dos maiores problemas sempre foi o elenco masculino sem grandes destaques. Culpa também de quem escreve os episódios e esquece de dar atenção a esses detalhes que parecem bobos, mas não são, já que o público de Hellcats é, em maioria, feminino. Os meninos estão bem servidos com o festival de cheerleaders seminuas que só faz crescer e o que vimos essa semana corrobora a afirmação sobre a “falta de homem” em Hellcats.

Desde a primeira aparição de Julian eu soube que ele e Marti teriam alguma coisa. Soa estranho, especialmente se você, como eu, já assistiu a Queer as Folk, mas até aí, eu ia levando. Agora, resolveram que Marti daria uma de mulher que toma a iniciativa e lá foi ela, com desculpa esfarrapada e tudo, se insinuar e agarrar o professor. Lindo de ver.

No mais, os casais estão definidos como sempre. Lewis e Verdurinha potencialmente voltarão a estar juntos. Dan e Savannah, nosso amado PsicoTisdale, parecem um casal de idosos e agora, Vanessa e Red enfrentam o monstro da ex-esposa vingativa. Tudo muito previsível e sem emoção.

Ainda não entendi qual o objetivo ou a necessidade de mostrar que todos os reitores são pessoas maléficas. Não faz sentido. Da mesma maneira, toda a trama da cola e do trabalho copiado serviu para absolutamente nada, me obrigando a dizer que além de homem, falta conteúdo em Hellcats.

Quando falo em conteúdo, não quero que preencham o tempo de tela com ensinamentos de matemática, estou falando de história boa mesmo, twists, surpresas. Nada disso está acontecendo na temporada e dói dizer que esse episódio, que não é filler em hipótese alguma, poderia ser apagado da história da série sem fazer qualquer diferença.

A única cena realmente bacana foi a de abertura. Dan e Marti no auge da cretinice, aloprando o novo reitor de esportes na cara dura. Se todo o resto tivesse sido levado assim, nesse ritmo de brincadeira, o resultado teria sido muito melhor.