Fringe 3x20: 6:02 AM EST

25.4.11



O começo do fim. (E que fim!)

Os produtores de Fringe nos prometeram, há algumas semanas, uma final digno de explodir cabeças e isso já começou. Estávamos avisados de que os três episódios finais seriam com uma peça maior, mas dividida em começo, meio e fim. Estamos mesmo vendo o começo desse fim de temporada, assim como a expressão serve para ilustrar o começo do fim do mundo (de uma deles, pelo menos) como o conhecemos e, portanto, vamos esperar por intensas e inesperadas emoções.

Depois de tudo o que rolou na semana passada, confesso que achei os acontecimentos mais mornos dessa vez, o que não quer dizer que eles tenham pouco significado na trama, pelo contrário. Estamos lidando com novas possibilidades agora, já que Walternativo finalmente iniciou seu ataque, nos confundindo completamente quanto às suas intenções. Eu sempre desconfiei de tudo feito por aquele homem, porque ele é amargurado, mas só depois desse episódio é que pensei de fato na profundidade dessa mágoa. Ter o filho seqüestrado é uma coisa, mas ter um filho que escolhe, deliberadamente, ficar ao lado do homem que o seqüestrou leva a situação a um novo nível. É tão complicado que eu não sei como vai acabar. Só sei que a vingança dele, travestida de “vamos salvar o nosso mundo” já começou. E começou cedo. Às 6h02 da matina.

É claro que também não quero tirar a parcela de culpa do próprio Walter e a julgar pelas palavras ditas na capela do hospital, nem ele. Impressionante a capacidade de atuação de John Noble nesse episódio. Começou nos fazendo rir ao preparar o café da manhã peladão, nos amedrontou com olhares rancorosos de Walternativo e seguiu emocionando, com as falas sensíveis e verdadeiras de Walter. Não sei vocês, mas eu sempre me emociono pela simples menção à tulipa branca e fiquei ainda mais sensibilizada ao ver Walter caindo na real e percebendo que o Observador tentou prepará-lo para o momento em que Precisaria deixar Peter seguir seu destino.

Aliás, o interessante sobre esse episódio está no fato de que Peter já não pode mais cumprir sua missão. Brilhante a saída encontrada por Walternativo, extraindo do sangue do neto 50% do DNA de Peter, ativando o Dispositivo do Apocalipse de forma inesperada. Só é estranho que Peter não possa mais se conectar à máquina, o que eu particularmente especulo ser por causa daquela peça extra que Bolívia trouxe de sua incursão ao lado A. Vejam bem, é apenas uma teoria maluca (mais uma das minhas) e posso estar completamente equivocada. Só me veio à cabeça pelo destaque disso no texto de Bolívia para Walternativo e porque inicialmente, cada Dispositivo do Apocalipse deveria ser ativado por um dos Peters.

Falando em Bolívia, vi muita gente torcendo porque ela se deu mal, mas eu discordo. Gosto muito da personagem e vejam bem, ela estava tentando impedir que o lado A fosse destruído, por isso, convenhamos: tudo piora sem a ajuda dela. Também sou meio contra o comentário de Walternativo sobre sacrifício. Bolivia sim, estava disposta a deixar o filho para trás por um bem maior, mas, e Walternativo? Não consigo enxergar boa intenção no que ele planeja.

Um comentário curioso (ou não) é que ela não teve direito à licença maternidade. Três semanas depois de parir o pequeno Henry e ela já estava trabalhando na Fringe Division. Acho que a licença foi proporcional ao tempo de gestação, porque só isso explica.

E claro, não vamos deixar de lado o nome da vez: Sam Weiss. Sem dúvida uma das figuras mais intrigantes da série. O cara do boliche me dá medo. Desconfio que ele seja o único remanescente das Primeiras Pessoas e Belly podia até confiar nele cegamente, mas como eu vi um monte de mensagens que dizem “Don’t Trust Sam Weiss” por aí, fico mais feliz com minhas dúvidas quanto às intenções dele. Para quem, assim como eu, não curtiu muito aquele lance de “amor” para resolver tudo, as reviravoltas com Weiss podem ser uma boa coisa, a final, nem mesmo Nina Sharp consegue entender o que a escolha sentimental de Peter tem a ver com o fim do mundo, o que nos leva às referências do episódio.

Para começar, vale dizer que o primeiro vortex do lado A destrói justamente uma criação de ovelhas e como sabemos, não existem ovelhas no Lado B. De acordo com as teorias de Walternativo, isso significa que cada elemento destruído completamente do lado B deve ser restaurado a partir do extermínio dessas mesmas coisas no lado A, logo, amantes de cafeína, preparem-se para sofrer.

Tivemos ainda uma citação do físico Julius Oppenheimer, feita por Walternativo. “I’m become death, destroyer of worlds”. Essa mesma frase já havia sido usada previamente na série, no episódio “Peter”, dita por Carla Warren para descrever as ações devastadoras de Walter.

Outro nome conhecido a aparecer é o de Michael Faraday, embora muita gente possa pensar que a ligação é com o Daniel Faraday de Lost. O cientista inglês é inventor de um escudo de estática e por isso surge a ideia de Brandon (hoje lembrei o nome do maldito) de utilizá-la (Faraday Cage) para conter os excessos de energia do Dispositivo do Apocalipse.

Há ainda um tema que retorna a série, com a lembrança da máquina de escrever mais estranha de que se tem notícia. Há a sugestão de que a máquina funciona dos dois lados por causa do mesmo princípio de campo magnético.


Essa semana não foi tão difícil de ver o Observador. Ele caminha calmamente no Lado B, perto da fonte, enquanto Bolívia conversa com a babá e recebe a mensagem de um novo evento a ser investigado pela Fringe Division.


O Glyph Code, por outro lado, mostra certo mistério. A palavra AGENTE pode significar um monte de coisas e há até quem veja isso como uma pista para algo na Season Finale. Como os códigos estão tradicionalmente ligados a acontecimentos dentro do próprio episódio de onde saíram, discordo disso. Pessoalmente, creio que a ligação é com Sam Weiss como o agente de mudança nessa história toda.



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