Bom? Ótimo? Fantástico? Maravilhoso? Excitante? Hilário? Surpreendente? Perfeito? Praticamente todas essas palavras podem ser usadas para descrever este início mais do que alucinante de “Survivor: Redemption Island”, que está prometendo muito mais.

Depois de uma temporada dessas, como eu poderia ficar ansioso por Redemption Island? Ok, Survivor é o melhor reality show que eu já vi em toda a minha vida, é claro que eu iria ficar contando os dias para a estreia. E depois da entrada de Russell Hantz e Boston Rob? E depois da revelação do elenco, sem nenhum destaque instantâneo? Eu realmente fui ver essa temporada sem nenhumas expectativas. E eu estou muito feliz de ter feito isso...

Depois de três episódios exibidos, eu posso ter a certeza de que estamos na presença de mais uma temporada clássica de Survivor, que pode até ficar naquele meu altar de temporadas simplesmente perfeitas como Heroes VS. Villains, Pearl Islands, The Amazon e Micronesia.

Blindsides, personagens absurdamente loucos, ótimos challenges, alianças lutando pelo poder, Hidden Immunity Idols, safadeza, falta de caráter e momentos inesquecíveis. Muitas temporadas demoram mais de 10 episódios pra entregarem o que Redemption Island já mostrou em apenas três. E tenho certeza de que veremos mais nas próximas semanas.

A premiere desta temporada, “You’re Looking At The New Leader Of Your Tribe”, começou como já é de costume. 18 jogadores, 39 dias, 1 sobrevivente… A “pequena” diferença é que agora você não vai para casa quando é eliminado, e sim para A Ilha da Redenção (me desculpem, eu adoro uma tradução tosca!).

Essa reviravolta já foi usada várias vezes no Survivor israelense, e foi uma ótima maneira, em minha opinião, de deixar as coisas interessantes mesmo depois de 22 temporadas. Eu não sei se o jogador que voltar da Ilha da Redenção depois de algum tempo realmente fará alguma diferença na temporada ou rodará no mesmo episódio em que voltar, mas certamente iremos nos divertir tentando saber a resposta.

Além da Ilha da Redenção, a premiere também nos apresentou (novamente!) à Boston Rob e Russell, os arquiinimigos de Heroes VS. Villains. Eu achei desnecessária a participação dos dois, mas acho que a participação dos dois vai realmente abrir os olhos dos participantes para o jogo estratégico, algo que não estava acontecendo em Nicaragua.

A tribo do Russell, Zapatera, quase não recebeu a atenção merecida, mas já podemos perceber que eles estão divididos entre os fãs de Russell (Stephanie e Krista) e aqueles que odeiam o anão louco de Samoa (David, Julie, Mike, Ralph, Sarita e Steve). Eu entendo as meninas querendo ser a nova Natalie W. ou Parvati, mas elas sabem que o Russell é um grande alvo e que ele não deve ajudar bastante o jogo delas.

Já a tribo de Boston Rob, Ometepe, foi o grande foco, já que eles acabaram perdendo o desafio de imunidade e recompensa. Nesse início de temporada, começamos a conhecer alguns personagens que parecem ser bem importantes: Philip, Francesca e Kristina. Ou seja, os três participantes que não estão na aliança principal do Rob.

Philip é praticamente a versão ainda mais lunática do Coach (se é que isso é possível...) e a edição faz questão de zoá-lo ainda mais do que seus companheiros de tribo. Ele afirma ser um ex-agente do FBI, mas nem mesmo o próprio programa confirma isso e mantém o clima de loucura no ar.

Kristina e Francesca, ao contrário de Philip, se mostram extremamente estratégica. Até um pouco agressivas demais para os três primeiros dias de jogo. Felizmente, a velha conseguiu achar o HII, mas falhou ao acabar deixando Boston Rob perceber que ela estava procurando o ídolo.

Essa divisão visível na tribo e a dúvida de Boston Rob de que Kristina tem ou não o ídolo marcou o primeiro Conselho Tribal da temporada, que deve ter sido o melhor primeiro TC da história do programa. Eu não esperava ver o Philip estragando sua aliança com Francesca e Kristina e contando tudo sobre o ídolo... Tudo isso enquanto errava o nome de Francesca (ou seria Francisqua?) e usava a desculpa da boca seca.

No final, após um momento tenso em que Kristina quase entregou seu ídolo para o Rob, Francisca se tornou a primeira eliminada da temporada, mas não foi para casa, e sim para a Ilha da Redenção, esperar o seu primeiro adversário.

Em “You Own My Vote”, o segundo episódio da temporada, o foco foi, mais uma vez, a tribo Ometepe. Eles perderam o desafio de imunidade e recompensa mais uma vez, mas quem disse que esse seria um voto fácil com essa divisão clara entre os mais novos e os mais velhos na tribo.

Boston Rob, louco para tornar sua tribo num bando de marionetes que não pensam (se ele fosse para Nicaragua, não seria tão difícil assim), percebeu que Andrea e Matt, também conhecido como Fabio 2.0 - O Retorno, estavam se aproximando demais, formando uma dupla parecida com ele e a atual esposa Amber, em Survivor All-Stars.

Pensando na força de uma aliança desse tipo, ele resolveu usar o plano de dividir os votos para tirar o ídolo de Kristina para acabar blindsideando Matt de uma maneira simplesmente magnífica. Até eu, que não estou gostando da pedância do Boston Rob nessa temporada, temos que ovacionar este mestre por entregar um blindside destes.

Matt e Andrea nem imaginavam que o resto da própria tribo havia se virado contra eles e a reação dos dois ao ver o momento foi incrível. Mesmo assim, o casal pode acabar se reencontrando no futuro, já que esse ano temos a Ilha da Redenção.

Enquanto isso, na Zapatera, o clima está cada vez mais tenso entre as duas alianças pró-Russell e contra Russell. No meio dessa briga pelo poder na tribo, temos uma belíssima briga no poço d’água e Ralph encontrando o ídolo, enquanto Russell encontra a pista no meio da recompensa e pensa que vai encontrá-lo mais uma vez.

Finalmente, em “Keep Hope Alive”, nós vemos a batalha pelo poder na tribo Zapatera. Cansados de aguentar o “Rei de Samoa”, que fica o dia inteiro deitado no acampamento ao lado de suas servas, a aliança contra Russell decide perder o challenge de propósito. Essa não foi uma das derrotas propositais mais descaradas (muito obrigado, Jamie de China!), mas foi ótimo ver todo mundo indo devagar no desafio só pra perderem.

Enquanto isso, na Ometepe, Boston Rob percebeu que após um ídolo ter sido utilizado no Conselho Tribal passado, outro seria colocado no acampamento de sua tribo, mas até agora o máximo que ele conseguiu achar foi mais uma daquelas pistas não dizem coisa com coisa.

Na Ilha da Redenção, nós finalmente vimos o primeiro embate entre os eliminados Matt e Francesca. O desafio já foi feito em várias outras temporadas, mas foi extremamente tenso ver Francesca quase ganhando tudo, mas falhando no último minuto e perdendo para o Matt. Fabio 2.0 continua no jogo, mas será que ele vai vencer semana que vem?

Voltando para a Zapatera, Russell e suas cúmplices perceberam que a aliança adversária provavelmente iria dividir os votos no caso do uso de um ídolo (o Ralph não contou para ninguém que achou o HII?!), então tentaram colocar mais uma pessoa na aliança deles. No caso, Julie, que desde o começo não queria perder esse desafio de jeito algum.

E uma pergunta ficou nas nossas cabeças enquanto todos iam para o Conselho Tribal: Será a velha resolveu trair sua aliança e vai se tornar a nova Shambo? No TC, ficou óbvio que existiam alvos certos nessa votação, algo que foi comprovado com um empate inicial de 3 votos cada para Stephanie, Russell e Ralph.

Como podemos ver, Julie resolveu continuar com sua aliança inicial por enquanto, mas não podemos esquecer que as pessoas podem fazer tudo para não enfrentarem a temida Pedra Púrpura da Morte (como já visto em Samoa). Depois de mais uma votação, o eliminado foi...

Sim, meu povo brasileiro! S-I-M! Todas as nossas preces foram atendidas e o anão odioso chamado Russell Hantz foi eliminado. Agora tudo o que podemos esperar é que ele perca o desafio na Ilha da Redenção e suma das nossas vidas para toda a eternidade, mas isso nós só veremos na semana que vem...