Retorno excelente.

Para quê dizer mais? Essas duas palavras simplesmente sintetizam o que foi essa Season Premiere de Nurse Jackie, que mostrou, em apenas meia hora, um desenvolvimento fora do normal.

Não estou apenas falando da história do episódio. É mais do que isso. Acho que, pela primeira vez, eu tive a real noção do quanto a série caminhou e do quanto o elenco tem trabalhado sua afinação. Tudo estava perfeito.

Engraçado perceber que eu sempre esperei pelo momento em que todos descobririam as mentiras de Jackie. Suas omissões, suas trapaças, seus pequenos e grandes desvios de conduta. Eu me perguntava como ela escaparia. Como? Seria possível?

Sim, é possível. Jackie não é apenas uma mentirosa patológica, ela tem um carisma sobrenatural. Um jeito de fugir do assunto principal e de desviar a atenção de si que são impressionantes. Isso sem falar na eterna dualidade. Jackie é vilã e mocinha ao mesmo tempo e essa característica principal não mudou.

O que muda, porém, são as pessoas a volta dela. Jackie pode até conseguir mais alguns momentos de mentirinha, mas suas vidas estão começando a se chocar mais ainda. Começou com Eddie descobrindo sobre sua família. Depois, Kevin e O’Hara sabendo de seu vício e agora, todas as pessoas no hospital tomam conhecimento sobre seu marido e família.

Jackie ainda age como se tudo estivesse normal, na tentativa de não precisar encarar os fatos. Ela é uma viciada e mesmo que seja ótima com crianças e com seus pacientes, ela também sacrifica outros para manter as coisas sob seu controle.

Sem dúvida, a temporada parece extremamente promissora, ainda mais quando há tantos alívios cômicos para nos desviar um pouco do drama central. Não consigo não rir das caras de idiota de do Dr. Cooper, achando super natural “compartilhar” a namorada de Sam.

O lance do cartaz e as piadinhas com Thor renderam bastante, assim como Zoey, saltitando como uma gazela selvagem, contando sobre suas oralidades, piercings e afins para cada enfermeiro do hospital. Informação demais define.