House 7x14: Recession Proof
7.3.11Ainda em tempo: palmas ao gênio Hugh Laurie!
Primeiramente peço desculpas, pois problemas e mais problemas me obrigaram a apresentar com grande atraso, porém com a satisfação de sempre, esse texto. Obviamente, eu poderia esperar mais um dia, assistir ao episódio dessa semana e depois fazer um review duplo, certo? Sim, com certeza. Mas todo mundo sabe que House merece muito mais do que isso. Ainda mais depois de um episódio como Recession Proof, onde a velha e consagrada fórmula da série se mostrou balanceada através da genialidade do nosso protagonista.
Mentira: explicar ou exemplificar a mística que essa palavra exerce sobre o universo de House é totalmente desnecessária e redundante. E é exatamente ao partirmos desse princípio que, se por um segundo esquecermos da viciante repetição dessa temática sobre pacientes passados, poderemos ver que o caso dessa semana se mostrou um dos melhores da temporada até aqui. A história do homem devastado emocionalmente que luta para, em meio a sua enfermidade, esconder da esposa certos aspectos de sua vida, foi extremamente tocante. Os conflitos existenciais, a revelação de uma surpreendente gravidez... é simplesmente impossível não se deixar abater perante sua morte prematura, no exato momento em que a provável cura estava a caminho. Fora todo o ímpeto de reflexão que essa perda causou na mente de Gregory House, diga-se de passagem, uma situação de ''rara beleza'', que terá seu destaque merecido no decorrer dos comentários.
A interação entre Foreman e Taub continua garantindo ótimos momentos, e se fortalecendo cada vez mais como um grande trunfo para a funcionalidade de ambos os personagens. Essa rotina de ''bate e assopra'', com rusgas e desentendimentos, onde até mesmo o empréstimo de uma gravata provoca uma mágoa gigantesca, é hilaria. E o que dizer sobre a já clássica ''diarreia conjunta'', exagerada? Apelativa? Talvez, mas nem por isso mostrou-se menos engraçada. Eu não sei quando a vocês mas, na minha opinião, a inversão de foco entre medicina e comédia não poderia ter chegado em melhor hora.
Ao contrário da tão aguardada ''1º vez de Martha'': um momento que desde a apresentação de seu excêntrico caráter vinha sendo ardilosamente preparado, e ansiosamente esperado, mas que acabou, por fim, revelando-se menos intenso do que o esperado. Confesso que sonhava em assistir a essa fatídica mentira embalado por uma cena crítica ou um momento crucial... não apenas observando uma simples conversa entre Masters e a esposa de seu paciente. Foi claramente um ato importante e honroso, isso ninguém pode negar. Entretanto, acabou sendo camuflado pelo tom da conversa e por conta disso, quem sabe, pode até ter passado despercebido por algumas mentes menos atentas.
Já, por outro lado, não a distração capaz de esconder o evidente clima entre a nossa doutora politicamente correta e Chase. O episódio todo foi inteiramente tomado por flertes e indiretas de ambas as partes. E eu apoio cegamente esse tipo de investida pois, apesar da saída de Martha no final da temporada ser dada como certa, um romance poderia elevar muito mais o nível dramático da dupla. Além é claro, do fato de abrir um grande leque de possibilidades a serem exploradas como, por exemplo, o conflito de personalidade de Chase e até mesmo um possível retorno de Masters em um futuro próximo.
E por falar em retornos, nada seria mais justo do que ver Hugh Laurie voltando ao centro do palco para receber uma nova estatueta do Globo de Ouro ou, porque não, uma inédita e gloriosa condecoração do Emmy. É impressionante ver que, mesmo ao passar de quase sete anos, ele segue mostrando toda a força de sua magnitude justamente assim, em episódios simples como esse. Na pele de House, o ator nos apresentou um momento de reflexão incrivelmente profundo, provocado pela morte de seu paciente, deixando fluir uma gama de sentimentos tamanha capaz de tocar até mesmo o mais acomodado admirador do doutor. E isso tudo depois de nos entorpecer de alegria por meio de cenas como a do tenso reencontro com o Vicodin, o inesperado abraço em Martha ou mesmo a inusitada banda de mariachis. Observar seu embriagado desabafo, presenciar os momentos de incerteza que o precederam... sem palavras. Agora não me restam mais dúvidas: a competência de Hugh e o amor de House por Cuddy, definitivamente se equivalem em matéria de grandeza!
Recession Proof foi um bom episódio que, alavancado pela força de espírito de um ator monstruoso, conseguiu alcançar patamares de excelência. Teve alguns pontos fracos, porém, apresentou vários pontos fortes. Entreteu facilmente e conseguiu definitivamente me agradar.
PS: ''Hehe... my head is on your vagina.''. Memorável!
Primeiramente peço desculpas, pois problemas e mais problemas me obrigaram a apresentar com grande atraso, porém com a satisfação de sempre, esse texto. Obviamente, eu poderia esperar mais um dia, assistir ao episódio dessa semana e depois fazer um review duplo, certo? Sim, com certeza. Mas todo mundo sabe que House merece muito mais do que isso. Ainda mais depois de um episódio como Recession Proof, onde a velha e consagrada fórmula da série se mostrou balanceada através da genialidade do nosso protagonista.
Mentira: explicar ou exemplificar a mística que essa palavra exerce sobre o universo de House é totalmente desnecessária e redundante. E é exatamente ao partirmos desse princípio que, se por um segundo esquecermos da viciante repetição dessa temática sobre pacientes passados, poderemos ver que o caso dessa semana se mostrou um dos melhores da temporada até aqui. A história do homem devastado emocionalmente que luta para, em meio a sua enfermidade, esconder da esposa certos aspectos de sua vida, foi extremamente tocante. Os conflitos existenciais, a revelação de uma surpreendente gravidez... é simplesmente impossível não se deixar abater perante sua morte prematura, no exato momento em que a provável cura estava a caminho. Fora todo o ímpeto de reflexão que essa perda causou na mente de Gregory House, diga-se de passagem, uma situação de ''rara beleza'', que terá seu destaque merecido no decorrer dos comentários.
A interação entre Foreman e Taub continua garantindo ótimos momentos, e se fortalecendo cada vez mais como um grande trunfo para a funcionalidade de ambos os personagens. Essa rotina de ''bate e assopra'', com rusgas e desentendimentos, onde até mesmo o empréstimo de uma gravata provoca uma mágoa gigantesca, é hilaria. E o que dizer sobre a já clássica ''diarreia conjunta'', exagerada? Apelativa? Talvez, mas nem por isso mostrou-se menos engraçada. Eu não sei quando a vocês mas, na minha opinião, a inversão de foco entre medicina e comédia não poderia ter chegado em melhor hora.
Ao contrário da tão aguardada ''1º vez de Martha'': um momento que desde a apresentação de seu excêntrico caráter vinha sendo ardilosamente preparado, e ansiosamente esperado, mas que acabou, por fim, revelando-se menos intenso do que o esperado. Confesso que sonhava em assistir a essa fatídica mentira embalado por uma cena crítica ou um momento crucial... não apenas observando uma simples conversa entre Masters e a esposa de seu paciente. Foi claramente um ato importante e honroso, isso ninguém pode negar. Entretanto, acabou sendo camuflado pelo tom da conversa e por conta disso, quem sabe, pode até ter passado despercebido por algumas mentes menos atentas.
Já, por outro lado, não a distração capaz de esconder o evidente clima entre a nossa doutora politicamente correta e Chase. O episódio todo foi inteiramente tomado por flertes e indiretas de ambas as partes. E eu apoio cegamente esse tipo de investida pois, apesar da saída de Martha no final da temporada ser dada como certa, um romance poderia elevar muito mais o nível dramático da dupla. Além é claro, do fato de abrir um grande leque de possibilidades a serem exploradas como, por exemplo, o conflito de personalidade de Chase e até mesmo um possível retorno de Masters em um futuro próximo.
E por falar em retornos, nada seria mais justo do que ver Hugh Laurie voltando ao centro do palco para receber uma nova estatueta do Globo de Ouro ou, porque não, uma inédita e gloriosa condecoração do Emmy. É impressionante ver que, mesmo ao passar de quase sete anos, ele segue mostrando toda a força de sua magnitude justamente assim, em episódios simples como esse. Na pele de House, o ator nos apresentou um momento de reflexão incrivelmente profundo, provocado pela morte de seu paciente, deixando fluir uma gama de sentimentos tamanha capaz de tocar até mesmo o mais acomodado admirador do doutor. E isso tudo depois de nos entorpecer de alegria por meio de cenas como a do tenso reencontro com o Vicodin, o inesperado abraço em Martha ou mesmo a inusitada banda de mariachis. Observar seu embriagado desabafo, presenciar os momentos de incerteza que o precederam... sem palavras. Agora não me restam mais dúvidas: a competência de Hugh e o amor de House por Cuddy, definitivamente se equivalem em matéria de grandeza!
Recession Proof foi um bom episódio que, alavancado pela força de espírito de um ator monstruoso, conseguiu alcançar patamares de excelência. Teve alguns pontos fracos, porém, apresentou vários pontos fortes. Entreteu facilmente e conseguiu definitivamente me agradar.
PS: ''Hehe... my head is on your vagina.''. Memorável!
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