Qual era o caso da semana mesmo?

Ao trazer de volta a trama envolvendo a eleição de Peter e Kurt, o perito em balística, o caso parece ter se perdido em meio a isso, mesmo que o retorno dele seja intrínseco ao caso da semana. A historia do erro no laboratório é desinteressante e acaba ofuscada em meio a outros momentos de maior destaque.

Na campanha política de Peter, houve nesse episódio um foco maior em Eli, servindo para aprofundar o personagem. Sem ser piegas — afinal, ele acabou fazendo o certo para a campanha ao fim do episódio independente das repercussões pessoais da sua decisão — o roteiro conseguiu mostrar que Eli não esta disposto a fazer, sem pensar, tudo o que for preciso. Apesar de tentar aparentar ter uma moral maleável, o episódio serviu para mostrar que certas decisões tomadas por ele não vem com tanta facilidade.

Já o retorno de Kurt a série, e trazendo novamente a dinâmica entre ele e Diane, funcionou como um contraponto a trama mais densa de Eli. A interação entre os dois, sempre discordantes em tudo e com várias piadinhas políticas, é quase um alivio cômico.

O único ponto negativo é Grace, a filha de Alicia. Toda essa revolta sem motivo algum parece algo apenas para ocupar espaço, uma vez que a toda a religiosidade de fachada dela é irritante. É compreensível assim, que Alicia esteja alcoolizada para poder lidar com a filha afinal, eu quase pausei o episódio para procurar um copo de cachaça para que pudesse continuar assistindo toda aquela baboseira irritante vindo de uma adolescente descerebrada.

O episódio não conseguiu avançar muito nas tramas, mas não por isso fora um episódio ruim. Serviu para aprofundar um personagem enquanto mostrou um quase alivio cômico. Seria bom se todas as séries tivessem fillers assim.