Fringe 3x17: Stowaway

21.3.11


A audiência pode até ter caído, mas Fringe continua sensacional.

Se existe uma série, hoje em dia, que pode ilustrar muito bem que audiência e qualidade nem sempre andam de mãos dadas, essa série é Fringe. Mesmo fazendo uma 3ª temporada acima de qualquer expectativa e com praticamente a maioria absoluta dos episódios acima da média, a coisa não caminha muito bem no campo dos números. Mas é melhor nem se falar disso ou meu estado de humor se altera exponencialmente. É melhor debatermos sobre esse episódio, que foi sensacional em todos os sentidos. 

Fazia tempo que um "caso da semana" me envolvia tanto quanto o de Dana Gray. Desde a primeira cena com o suicida, eu já fui completamente sugado pela trama do episódio e comecei a formular mil e uma teorias para como a moça sempre sobrevivia. E, como que para comprovar o quão bem amarrado foi o roteiro desse episódio, todas elas iam caindo por terra a medida que o episódio avançava. Bastava uma cena e tudo o que eu imaginava ia pros ares, como se fosse pó. Fringe não brinca com o telespectador; ela o faz pensar, criar, formular. E esse episódio fez isso muito bem. No final das contas, a resposta acabou sendo a menos óbvia possível (ou mais, dependendo do ponto de vista de cada um): Destino. Talvez ela precisasse morrer ali, daquela forma. Confesso que quando vi ela atingindo seu objetivo simplesmente com a explosão, fiz uma careta. Mas, logo que a explicação veio, fui totalmente convencido. 

E é legal observar como isso fica diretamente relacionado a uma das tramas centrais que Fringe nos traz: Peter e a máquina. Interessante notar como tudo sempre leva ao rapaz. Peter parece mesmo ser a chave e, por mais que ele queira e lute para isso, vai ser difícil. Como Bell disse, "Destino". Talvez Peter tenha que simplesmente esperar que aconteça aquilo que já estava programado para acontecer. Pessoalmente, eu não gosto muito dessa ideia de predestinação, mas não sou capaz de dizer que me incomodaria se Fringe seguisse por esse caminho. 

Outro ponto que vale ressaltar foi a aparição do Lincoln A. Desde que fomos apresentados ao personagem, lá no lado vermelho, eu comecei a me questionar quando (e se) veríamos o seu representante do lado azul. Gostei bastante da participação dele aqui e espero que possamos vê-lo mais vezes. Com Peter, ele forma uma ótima dupla e eu queria muito ver como seria a reação da Olívia ao vê-lo, se isso traria alguma lembrança do tempo que passou no lado B ou coisa parecida. Acredito que isso possa ser uma possibilidade e espero ver o Lee novamente na série, quando Olivia estiver novamente no seu corpo. 

E é aqui que chegamos àquele que, ao menos para mim, foi o melhor ponto do episódio: Bellivia. Anna Torv está simplesmente sensacional no papel e conseguiu absorver cada gesto, cada movimento e cada partícula do DNA de Willian Bell. É impossível ver a atuação da atriz e não se lembrar imediatamente de Leonard Nimoy. Sem contar o fato de que essa trama se liga totalmente a todo o caso dos imãs de almas, que eu, particularmente, tinha achado um tanto quanto bizarro quando nos foi apresentado. Mas, como estamos falando de Fringe, era claro que eu iria levar um tapa na cara e que as coisas fariam sentido no final. Estou curioso para ver quanto tempo mais Bell vai permanecer no corpo de Olivia. Engraçado pelo menos vai ser. Não sei se era a intenção dos roteiristas que essa trama se tornasse tão divertida quanto ela foi (em alguns momentos) e acredito que não, mas é impressionante como não pareceu forçado ou coisa do tipo.

Fox, por favor, não cancele Fringe. Será uma perda tão gigante na minha watchlist se isso acontecer que eu nem quero imaginar. 

PS. As reviews de Fringe sofreram uma mudança no dono. Espero que tenham gostado tanto quanto gostavam das da Camis.

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3 comentários

  1. A mudança está legal, sua review é ótima.

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  2. MEU VC JA VIRAM A PROMO DO 3X18, FODAAAAA I CAN'T WAIT!

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  3. E agora so faltam 2 episodios pro crossover com Doctor Who!

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