Big Love 5x06: D.I.V.O.R.C.E.

2.3.11


Com uma nova discussão acerca da figura da mulher na Igreja, Big Love se sobressai nesse ponto, mas forçando meios para resultar em clímax para seu iminente final.


O inicio de D.I.V.O.R.C.E. com imagens de cenas de sexo envolvendo Barb e Bill serve de prelúdio para uma crise que pode ser resultado de muitos fatores que envolve não só o casamento pluralista. A discussão vai ainda mais longe. Barb não só desacredita no poder centrado no homem nos preceitos de Joseph Smith, como também está certa de que a mulher possui direitos iguais no que diz respeito à detenção do sacerdócio. Para a doutrina da própria Igreja Mórmon tradicionalista, essa idéia é extremamente polêmica. Barb se junta ainda com a líder mórmon feminista e lésbica assumida, Renee Clayton, para ajudá-la na defesa de seus novos ideais para Bill e sua mãe (que coitada, sofre cada vez mais com as decisões movidas pela fé de sua filha).

Essa nova situação faz com que Bill se sinta ainda mais pressionado. Voltando à sua inteligência que eu havia notado que estava em falta no episódio anterior, ele finalmente percebe que o fantasma do impeachment, o boicote em sua rede de hipermercados, e até mesmo o atentado ao seu sócio correm para sua desgraça, e caso ele não faça algo por isso, as possibilidades que ele caia serão irremediáveis. Seu maior perigo é certamente Alby Grant, que já demonstrou extrema frieza para executar seu plano contra Bill. A Relação de Alby com Verlan (seu novo capacho) ainda continua muito ambígua e ainda pode resultar em uma boa trama, mesmo que rápida.

Nicky encontra dificuldades em conseguir finalmente a dianteira no seu casamento. Mesmo conseguindo o mais difícil – Barb aceitar o divórcio -, Nicky agora tem que discutir pelo seu direito nas partes econômicas que são direitos da primeira esposa. Mas Barb, em um momento de extrema consciência, teve que alertá-la que não dá pra confiar em uma pessoa que foi capaz de acumular uma dívida de 50.000 dólares e manter isso em segredo. Justo. Enquanto isso, Cara Lynn se vê apaixonada pelo seu professor, e o pior, é recíproco. O casal é certamente o mais insosso de todos os que surgiram ao longo da série. A discussão sobre a idade de ambos obviamente irá surgir, mas logo não poderá partir de Bill ou Margene porque afinal, a família agora tem teto de vidro.

Outras tramas - menores e desinteressantes – já apresentam grandes acontecimentos que apontam o fim que se aproxima. Margene supostamente se interessando num possível patrocinador de seu projeto pode acabar não resultando em uma traição. Das três esposas, ela é talvez a única que eu não esperaria infidelidade (Nicki, como já sabemos, já foi muito mais além e Barb é tão arredia quanto). O casal Heather e Ben já não era lá essas coisas, mas quando eu achei que já estavam com o final encaminhado, ela dá uma desculpa esfarrapada para fazer com que Ben se sinta atraído (ou não) por Rhonda Volmer. Um contorno descabível, mas que pelo menos foi mais útil para o clímax.

E meus sinceros parabéns para Grace Zabriskie (Louis). Além de estar dando um verdadeiro show de interpretação, seus momentos no episódio foram os mais tocantes e seu drama equivale a carga dramática de toda a temporada. Trabalho digno de prêmios.

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