Skins 5x02: Rich

11.2.11



Skins é uma série fascinante: consegue ao mesmo tempo lidar com temas como a auto-afirmação de identidade ou a resistência a qualquer coisa além daquilo que nos interessa, sem se tornar arrastada ou contemplativa. Ao contrario do que se pode esperar diante desses temas, o episódio consegue ser enérgico e divertido, como é natural em Skins.

Assim como em ‘Franky’, o primeiro episódio, o tema central deste é obviamente a identidade do protagonista. Rich começa o episódio como alguém com a cabeça completamente fechada para tudo que lhe desagrada, como ilustrado muito bem na cena de abertura. Ele esta isolado dentro de seu próprio mundo.

Desse ponto de partida, o episódio se torna uma viagem para Rich. Em quarenta minutos, vemos ele sair de seu estado intransigente, perdendo completamente sua identidade por um momento — durante a surdez, uma vez que ele define boa parte de si mesmo através da música — e, depois de passar por esses dois extremos, chegar a um ‘lugar novo’, onde assistir a uma apresentação de balé não é mais um absurdo.

Em menor grau, esse episódio lida também com completa falta de identidade própria de Gracie. Incapaz de contrariar qualquer um, se mostrando completamente apática, ela é o extremo oposto de Rich. Certamente isso contribuiu para que os dois formassem uma dupla tão interessante e inesperada ao longo do episódio, afetando um ao outro a maneira como vêem o mundo.

‘Rich’ entrou para minha lista de melhores episódios de Skins, rivalizando talvez apenas com os episódios da primeira e segunda temporadas que tinham Tony como protagonista. Pode ser cedo para dizer, mas não acredito que essa temporada possa produzir algo melhor.

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