House 7x13: Two Stories

26.2.11


Filler de luxo.


Three Stories: quem assistiu a esse épico do primeiro ano de House, e mesmo assim conseguiu ver o episódio dessa semana sem criar nenhum tipo de expectativa, ou fazer qualquer tipo de comparação, que atire a primeira pedra! As lições, os contextos... vimos um mar de semelhanças que foi muito além dos títulos e que apenas se diferem quando o assunto é o objetivo dos episódios. Se durante sua temporada de estreia, a série apresentou um drama relevante em meio à narrativa em questão, hoje, em Two Stories, o que vimos foi uma odisseia de pouca importância para a temporada, visando apenas uma coisa: diversão. Quesito no qual, convenhamos, House foi aprovado com louvor!

Caso, equipe, exames médicos... tudo foi ''deixado de lado'' por uma boa causa já que, distantes da medicina em sí, pudemos ter o privilégio de mergulhar mais fundo dentro da mente doentia de House. As pulsões lombares e as suspeitas de Lúpus cederam a vez para inúmeras piadas grosseiras e muito humor ácido. É ótimo ver o doutor no alto de sua sociopatia, conflitando com as pessoas a sua volta, pois é quando ele se sente acoado que sua imaginação se mostra surreal. Imaginação essa que, nesse caso, foi responsável por entrelaçar brilhantemente as histórias desenvolvidas.

Entre House e o casal de crianças, por exemplo, houve uma ''química'' instantânea. Irritantemente inteligentes e difíceis de enganar, a dupla se mostrou, durante grande parte do tempo, muito mais madura do que o próprio doutor. Toda a comunicação, o ''respeito'', e até mesmo a troca de confidências entre ambas as partes... foi tudo graças à engenhosidade deles. Todo esse engraçadíssimo processo foi muito bom, gerou grandes cenas e várias risadas. E para completar, ainda deu às duas crianças o mérito por solucionar mais uma das inúmeras desventuras do relacionamento entre House e Cudy.

Por outro lado, houve também a interação, um pouco mais conturbada, entre toda uma sala de alunos e a já consagrada ''versão palestrante'' de House. Ao meu ver, um caso de amor e ódio recíproco que, consequentemente, acabou se tornando mais e mais hilário a cada instante. Foi sensacional assistir as mentiras absurdas, as citações cinematográficas, e até mesmo a sutil, quase imperceptível, referência a Mad Men! Se as crianças capricharam nas perguntas, o doutor com certeza fez valer cada resposta. Fora a genial briga entre House e um dos convidados, fato que, diga-se de passagem, foi um dos responsáveis diretos por tornar toda essa loucura possível.

O que, em quesito de importância, com certeza perde apenas para a briga com Cuddy. Tudo bem, eu confesso: a bipolaridade desse relacionamento as vezes me irrita gigantescamente! É cansativo viver em meio à tamanha instabilidade, ainda mais depois dos inúmeros momentos em que Lisa afirmou aceitar a personalidade do doutor. Só que mesmo desgastando a imagem do casal, o fator se mostrou válido ao longo do episódio. Talvez não fosse necessário e com certeza não era fundamental, mas foi claramente justificável. E isso fica fácil de entender quando analisamos a intenção dos produtores: brigas por conta do lixo, da escova de dentes... foi um entretenimento descompromissado, colocando em cheque todo o egocentrismo de House. Uma maneira repetitiva de tentar nos entreter? Sim. Mas de modo algum deixa de ser menos eficaz.

Depois de algumas semanas focando o desenvolvimento da temporada, Two Stories foi como um ''respiro'' para série. Um grandioso respiro que, por sua vez, resultou em incontáveis gargalhadas. Foi neutro para a continuidade desse 7º ano, porém, nos apresentou momentos maravilhosamente memoráveis. Eu particularmente adorei!

Talvez Você Curta

0 comentários

Comenta, gente, é nosso sarálio!

Subscribe