House 7x12: You Must Remember This
19.2.11Solteiro sim, sozinho nunca!
Após o magnífico ápice criativo que vimos em Family Practice, House parece ter decidido nos trazer um episódio com ares um pouco mais nostálgicos. Indo na contramão do estado de comunhão que o relacionamento entre House e Cuddy trouxe para a temporada, vimos You Must Remember This flertar com o sentimento base que acompanha a série desde os seus primórdios: a solidão. Solidão essa, que mesmo sendo incansavelmente explorada há sete anos, ainda nos surpreende pelas várias formas em que acaba sendo mostrada.
Como por exemplo, em forma de paciente. Onde Tina Holmes (Six Feet Under) vive na pele de uma garçonete a reedição do estereótipo saudosista de House: uma pessoa que em meio às mágoas que guarda de sua própria vida, opta por se esconder atrás de uma obsessão, afastando as pessoas a sua volta e camuflando, assim, seus reais sentimentos. Entretanto, a diferença entre tais perfis fica clara a partir do momento em que a solidão atravessa a linha patológica e se torna uma necessidade. Se por um lado, remédios amenizarão os sintomas da paciente, por outro, nenhuma droga do mundo, nem mesmo o amor de Cuddy, poderá suprir o ímpeto de isolamento sentido pelo doutor.
Em contrapartida, vimos outro "eterno solitário" encontrando companhia diante de um possível abismo pessoal. Quanto maior a evidência de Taub, ao passar das semanas, maior foi sua queda. O doutor antes fracassado apenas no amor, hoje abre um leque de possibilidades que o leva a desacreditar em si mesmo. E a partir de agora, uma premissa que durante todo esse tempo se mostrava ótima por si só, poderá melhorar muito com a presença de Foreman. Exames de Certificação, campeonatos de vídeo game... qualquer coisa que estimule a dramaticidade dessa dupla será bem vinda. E a divisão de um apartamento já é um bom começo!
Porém, convenhamos, a grande mostra da essência disso tudo veio junto com a volta triunfal de Wilson. Sumido há semanas, o oncologista reapareceu trazendo, não apenas a depressão costumeira, mas também uma gata diabética e as precisas deixas para as geniais piadas da série. Referências à minha amada Lost, e até um "calote" envolvendo champagne num bar... mais engraçado do que isso, é ver a funcionalidade irracional da amizade que o doutor mantém com House: a de co-dependência. Onde, para House, pior ainda do que a própria solidão, é a solidão que afeta as pessoas que ele "ama". E são esses momentos que fazem de Wilson um personagem especial pois, cabisbaixo ou não, ele tem o dom de desarmar seu melhor amigo.
Essa foi outra ótima semana para House, dessa vez, com bem menos drama e muito mais comédia. Eu particularmente gostei, por isso a pergunta que fica é a seguinte: Será que eu estou sozinho nessa?
PS: Aliás, ainda que o episódio tivesse sido horrível, já valeria a pena tê-lo assistido apenas por dois motivos: 1º Martha sendo chamada de ''vadia''; 2º o ''joinha'' de Chase durante o teste de stress da paciente. Sem palavras...
Após o magnífico ápice criativo que vimos em Family Practice, House parece ter decidido nos trazer um episódio com ares um pouco mais nostálgicos. Indo na contramão do estado de comunhão que o relacionamento entre House e Cuddy trouxe para a temporada, vimos You Must Remember This flertar com o sentimento base que acompanha a série desde os seus primórdios: a solidão. Solidão essa, que mesmo sendo incansavelmente explorada há sete anos, ainda nos surpreende pelas várias formas em que acaba sendo mostrada.
Como por exemplo, em forma de paciente. Onde Tina Holmes (Six Feet Under) vive na pele de uma garçonete a reedição do estereótipo saudosista de House: uma pessoa que em meio às mágoas que guarda de sua própria vida, opta por se esconder atrás de uma obsessão, afastando as pessoas a sua volta e camuflando, assim, seus reais sentimentos. Entretanto, a diferença entre tais perfis fica clara a partir do momento em que a solidão atravessa a linha patológica e se torna uma necessidade. Se por um lado, remédios amenizarão os sintomas da paciente, por outro, nenhuma droga do mundo, nem mesmo o amor de Cuddy, poderá suprir o ímpeto de isolamento sentido pelo doutor.
Em contrapartida, vimos outro "eterno solitário" encontrando companhia diante de um possível abismo pessoal. Quanto maior a evidência de Taub, ao passar das semanas, maior foi sua queda. O doutor antes fracassado apenas no amor, hoje abre um leque de possibilidades que o leva a desacreditar em si mesmo. E a partir de agora, uma premissa que durante todo esse tempo se mostrava ótima por si só, poderá melhorar muito com a presença de Foreman. Exames de Certificação, campeonatos de vídeo game... qualquer coisa que estimule a dramaticidade dessa dupla será bem vinda. E a divisão de um apartamento já é um bom começo!
Porém, convenhamos, a grande mostra da essência disso tudo veio junto com a volta triunfal de Wilson. Sumido há semanas, o oncologista reapareceu trazendo, não apenas a depressão costumeira, mas também uma gata diabética e as precisas deixas para as geniais piadas da série. Referências à minha amada Lost, e até um "calote" envolvendo champagne num bar... mais engraçado do que isso, é ver a funcionalidade irracional da amizade que o doutor mantém com House: a de co-dependência. Onde, para House, pior ainda do que a própria solidão, é a solidão que afeta as pessoas que ele "ama". E são esses momentos que fazem de Wilson um personagem especial pois, cabisbaixo ou não, ele tem o dom de desarmar seu melhor amigo.
Essa foi outra ótima semana para House, dessa vez, com bem menos drama e muito mais comédia. Eu particularmente gostei, por isso a pergunta que fica é a seguinte: Será que eu estou sozinho nessa?
PS: Aliás, ainda que o episódio tivesse sido horrível, já valeria a pena tê-lo assistido apenas por dois motivos: 1º Martha sendo chamada de ''vadia''; 2º o ''joinha'' de Chase durante o teste de stress da paciente. Sem palavras...
1 comentários
Eu achei que era só eu que tinha reparado no joinha que o Chase deu. Ri muito. Isso é House, Estava na hora de house voltar ao que era.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!