Grey's Anatomy 7x14: P.Y.T. (Pretty Young Thing)

15.2.11


''Little Grey's Anatomy''


Inevitavelmente divertido e consequentemente direto: essas foram qualidades mais do que evidentes para um episódio que surpreendeu pela simplicidade. Shonda Rhimes diversificou, tanto nos personagens quanto em suas respectivas tramas, mostrando que é fácil agradar o máximo possível de pessoas com o mínimo possível de complicação. Ou vai dizer que não agradou?

Em meio à algumas cenas aleatórias e muitas piadas ácidas, de cunho tipicamente ''Yanguiano'', vimos Cristina coadjuvar em prol de uma chance para que seu marido pudesse finalmente brilhar. Foi ótimo ver Hunt, que há muito tempo não tinha um ''momento para chamar de seu'', dar sua contribuição essa semana. Ainda mais da maneira como foi dada... muito sarcasmo e humor negro, misturados a uma grande lição de moral para um paciente inconsequente. Ou seja, um jeito positivo de aproveitar a perturbação que a guerra causou no doutor.

E por falar em coisas positivas, eu não poderia deixar de citar a Dra. Lucy Fields. A nova obstetra hardcore do Seattle Grace Hospital precisou de apenas dois episódios para deixar o ultrassom de lado e começar a banir médicos da UTI neonatal. Estaria Karev diante de seu ''calcanhar de Aquiles''? Nem todo o charme e conversa mole do nosso prodígio da pediatria conseguiu transpassar a dura carapaça da nova doutora. O que, para mim, só reforça a tese de que Lucy nada mais é do que o velho estereótipo do próprio Alex: médico duro de coração mole. Emoção fora da cirurgia, clima dentro do elevador... e se a doutora for realmente o tal estereótipo, já sabemos onde essa história toda deve parar. Fico na torcida pelo mais novo ''provável casal''.

Assim como sigo na torcida por Meredith, Derek e a pesquisa do meu velho e adorado casal. Nada parece abalar essa parceria, nem mesmo uma disputa entre Alzheimer e Diabetes devidamente regida pelo fantasma de Ellis Grey! E se Meredith acabou reafirmando a vontade de trabalhar com a doença que devastou sua mãe, isso não se deve única e exclusivamente a proximidade que ela terá de seu marido. A doutora foi traumatizada pelo Alzheimer, e ter a chance de estudá-lo seria, acima de tudo, a possibilidade de obter respostas para seus questionamentos pessoais. Até porque, entender Ellis é importante para Meredith, mas descobrir um modo de não se transformar nela, também é primordial. Três palavras para ela: a escolha certa.

E aqui vão outras três para Avery: Até que enfim! Nessas horas nem parece que fazem apenas duas temporadas, exatos 34 episódios, desde que eu comecei a detestá-lo. A atitude de Jackson foi tão maravilhosa que me deixou sem palavras. O respeito que ele demonstrou ao não entregar as confissões de Lexie para Sloan... ele NUNCA havia demonstrado tamanho caráter durante todo esse tempo. Claro que eu nunca vou aceitar um relacionamento entre ele e Lexie, nunca! Mas a partir de hoje eu aceito, pelos menos, começar uma ''trégua'' com o doutor. Parabéns a Avery, o subestimado residente que deu seu primeiro passo rumo à conquista da minha simpatia!

Outro ponto muito bom foi o uso do humor na hora de abordar as desventuras do trio Mark-Callie-Arizona. Deu uma certa leveza à delicada situação, sem desmerecer o drama por trás de tudo isso. Gosma, abstinência de café e ''voto da vagina'': três momentos memoráveis que marcarão para sempre a cronologia dessa gestação. Aliás, Sara Ramirez foi ótima! Levou, praticamente sozinha, o bebê na barriga e a sua trama nas costas.

O que, ainda assim, nem chegou perto do peso carregado por Lexie. Peso, fardo, carma? Chame do que quiser, pois todos o nomes remetem ao mesmo sentimento: abandono. Seu pai está namorando, e seu namorado está sendo pai! Little Grey mergulhou fundo em meio a essa confusão de sentimentos, emocionou, e fez de Chyler Leigh a alma do episódio. Nos tocando não apenas pelo simples fato de sofrer, mas por usar esse sofrimento como instrumento de superação. Sloan, Avery, o bebê, seu pai... chocolates com amendoim podem até não ser a solução, mas com certeza ajudaram a amenizar a dor de uma pequena Grey em meio aos seus grandes dilemas!

P.Y.T. (Pretty Young Thing) manteve o foco e conseguiu superar a qualidade de seu antecessor. Separou muito bem o drama da comédia, e fez valer a presença de cada uma dessas vertentes em suas respectivas cenas. Simplesmente não dá para reclamar!

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