Ousado, diferente, desajustado e inesperado. A lista de adjetivos pode seguir adiante para descrever o excelente retorno de Skins.

Esse episódio me levou de volta a primeira temporada da série – não que eu tenha achado a segunda geração ruim, mas isso não importa agora – por mostrar adolescentes inconseqüentes como no inicio da série.

Ao mesmo tempo em que há o desenvolvimento de um personagem, seguindo o típico do formato da série – e Franky foi uma excelente escolha para o primeiro episódio – há a leveza de se ver uma cena onde quatro garotas simplesmente roubam uma loja no shopping. Sem planejamento, armações, segundas intenções. Elas são adolescentes, simplesmente fazem. A maior armação que a bitch da escola em Skins consegue pensar é espelhar fotos constrangedoras de Franky pela escola.

Falando de Franky, ela foi uma decisão espetacular para o primeiro episódio. Completamente desajustada ao ambiente de sua nova escola, cheio de patricinha e barbies anoréxicas, nas suas próprias palavras. Ao mostrar a escola pela ótica de Franky, de certo modo, parece que a garota desajustada é a ‘certa’ e o resto da escola é o ‘errado’, de um jeito que não me lembro de ter sido feito em Skins antes.

A única coisa decepcionante do episódio fora, depois de ver toda aquela cena de revolta onde Franky atirava – qual é a daquele garoto que interrompeu ela? -, esperava que ela fosse entrar na festa e dar um tiro na Mini. Mesmo assim essa pequena decepção, mas ligada ao que gostaria de ver do que algo de fato ruim ou incoerente, não estraga a perfeição desse episódio, que termina deixando a clara impressão que essa pode ser uma temporada e uma geração espetacular para Skins.