Big Love: Season 04

6.1.11


Nessa fantástica (e curta) temporada, a incomum família de Bill Henrickson (Bill Paxton), composta pelas esposas Barb (Jeanne Tripplehorn), Nicki (Chloë Sevigny) e Margie (Ginnifer Goodwin) e seus nove filhos irão passar por uma grande prova: a iminente exposição. 


Vendo que o Estado pouco se posiciona em relação ao incitamento à rejeição em relação aos poligamistas, Bill decide concorrer a uma vaga ao Senado de Utah. Durante sua campanha, calculada por uma maquiavélica lobista (Sissy Spacek), a família deverá ser ainda mais preservada, para enfim ser mostrada para a sociedade após a provável vitória de Bill.

O posicionamento das esposas sobre as conseqüências de serem mostradas como poligamistas são diversas. Todas são temerosas, principalmente Marge que vem construindo sucesso com televendas, conquistando certa notoriedade. E Nicki anseia pelo momento de ser reconhecida como uma esposa legítima perante os demais. O fato é que serem mostradas como uma família que vai contra os preceitos morais tanto do Estado quanto da própria Igreja mórmon pode ser bem pouco visto com bons olhos. O que está por vir com essa inserção política é o que norteia essa quarta temporada de uma das melhores séries da HBO.

As constantes notícias relacionadas à poligamia na mídia americana estão sempre associadas à crimes como corrupção de menores, casamentos incestuosos e criminosos legitimados pelos que se dizem profetas de seu povo. Juniper Creek (local onde Bill foi expulso em sua juventude) é exatamente assim, e seu líder Alby Grant (Matt Ross) se mostra um verdadeiro sociopata, incluindo até um relacionamento homossexual que se aproxima de uma obsessão. A chegada do primeiro marido de Nicki, J.J. (Zeljko Ivanek) também apronta certo mistério para aquele lugar que tanto é mal representado pelos mórmons fundamentalistas.

O elenco, como sempre, é o fator principal da qualidade indiscutível de Big Love, aliado ao roteiro sempre arrebatador. Em poucas séries atualmente é visto uma trama tão bem amarrada que vai de acordo com sua premissa. O casamento poligamista vai muito além de relações múltiplas entre um homem e suas esposas. As discussões acerca da aceitação dessa forma de vida e os riscos de sua descoberta é sempre algo que é trabalhado tanto nessa quanto nas outras três temporadas anteriores do drama. Além, é claro, das verdadeiras lições de moral e permissões de confidências que todo bom drama familiar possa trazer. É um bom programa. E pra gente grande.

É nessa temporada que a tradicional abertura onde as esposas dançam em uma pista de gelo prestes a rachar ao som de God Only Knows do Beach Boys é trocada por uma nova abertura, onde elas caem num buraco negro agora ao som de Home da banda Engineers. O elenco também é desfalcado, em um dos últimos episódios, a atriz Amanda Seyfried, que dá vida a filha mais velha de Bill, se despede da série para se dedicar de vez à sua promissora carreira no cinema.

Obs: A quinta e última temporada de Big Love estreia na HBO (EUA) no próximo dia 16.

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