Fringe 3x08: Entrada

6.12.10


Entre o vermelho e o azul.
Difícil agüentar uma semana sem Fringe, não é mesmo? Para mim foi quase uma tortura de expectativa, mas valeu a pena esperar. Ganhamos de presente um episódio em duas cores, dois lados. E a troca já ficava evidente na abertura que variava em vermelho e azul, anunciando que estaríamos entre dois universos, no vértice do conflito.
Mais uma vez, tivemos muitas referências e tentarei elencá-las por aqui, mas antes eu só queria dizer que Fringe alcança, a cada semana, novos patamares em qualidade. Tivemos oito episódios até agora e sou incapaz de apontar um que não tenha sido pelo menos muito bom. É uma coisa rara e única, porque afinal, de quantas séries que fazem parte da sua lista você poderia dizer a mesma coisa? Uma. Talvez nenhuma.
Agora, vamos deixar a enrolação de lado e entrar nos detalhes. Para começar, acho que precisamos falar de Peter e seu pipi. Sim. Eu sempre bato nessa tecla e até mesmo Walter colocou isso em palavras. O momento da descoberta veio cheio de choque para ele, que ficou atônito e ainda desconfiado. É engraçado ver como ele ainda não tinha completa certeza e precisou fazer um teste final.  Na einai kalytero anthropo apo ton patera toy” ou “Seja um homem melhor que seu pai”. Essa frase já apareceu na série antes, dita por Olívia, quando ela acorda do coma na Season Premiere da 2ª temporada (A New Day In The Old Town) e foi perfeita para a situação.
O mais curioso nisso tudo é que fiquei com uma impressão estranha sobre essa relação de Peter e Bolivia. Pode ser coisa de cabeça de mulher, mas senti que o pipi de Peter ficou satisfeito com Bolivia. Não me entendam mal. Ele queria recuperar Olívia, só que alguma coisa ficou ali, mesmo que ele saiba que não pode confiar inteiramente na versão B de sua amada. De toda essa história, preciso mesmo dar créditos ao Walter, tentando defender o romance de Peter para Broyles. Pelo menos dessa vez Astrid escapou de ser renomeada, mas a VAGENDA acaba de entrar para o dicionário como a vagina do lado B, ou algo assim. Sabe-se que ela é poderosa e capaz de enganar homens como Peter por oito semanas. E seria mais não fosse por aquele telefonema.
Enquanto do lado A a Fringe Division tenta pegar Bolivia e descobre que ela está ali para juntar os pedaços que faltam da máquina bizarra deixada pelos ditos ‘First People’, do lado B Broyles prova que é um homem de fé. Depois do caso do Candyman ele passa a confiar em Olivia e mais do quer isso: desconfiar das intenções de Walternativo. Naquela conversa dos dois, quando Olivia está marcada feito gado de corte, ele precisa fazer uma escolha difícil. Essa decisão de Broyles é o que provavelmente vai determinar o futuro dos dois universos, afinal de contas, Astrid se mostra preocupada e sendo conhecedora de estatísticas e probabilidades ela sabe que o chefe é uma das pessoas mais confiáveis dentro da divisão. Acredito mesmo que o sumiço do Broyles possa unir a equipe da Fringe B contra Walternativo e seus planos de exterminar o universo alheio, mas isso, só saberemos depois.
Ao ver que Olívia consegue fazer a passagem pelo “banheirão” fiquei questionando os motivos de a coisa não ter funcionado tão bem das outras vezes, mas isso é provavelmente bobagem. Talvez ela tenha sido retirada da solução salina antes do tempo ou a concentração não fosse a correta. Fato é que Olivia conseguiu voltar com extrema facilidade para seu universo e agora ela tem uma missão importante, que é a de evitar a destruição de dois mundos.
Partindo para as referências propriamente ditas, vimos novamente o caso do vírus da gripe (Bound) gigante, da cabeça de cobra (Sneakhead) e do parasita no coração (In Which We Meet Mr. Jones). Esses casos estão no computador de Bolivia, junto com os vídeos que a ajudaram a conhecer os Bishop e o pessoal do lado A. Também não podemos esquecer de ‘Brown Betty’ a maconha de cultivo especial, produzida por Walter, que o ajudou a pensar um pouquinho (ou não) nesse episódio. A injeção de adrenalina no peito de Olívia é outra coisa que já vimos antes em ‘Momentum Deffered’ e a paradinha de Bolívia para o café tem seus motivos explicados no fato de que do lado B, isso é artigo de luxo, como vimos em ‘Jacksonville’. Outra coisa legal de lembrar é que a conversa de Broyles e Peter, sobre a capacidade de Olivia em sobreviver do outro lado já aconteceu antes, justamente no episódio 3x01(Olivia). Os dispositivos harmônicos que levam Bolivia para casa não foram esquecidos por mim e já apareceram em ‘The Man From The Other Side’.
Antes que alguém pergunte sobre a música que ticava na lanchonete do lado B, já vou me adiantar.  A canção é You Got It (by Roy Orbison)Rooney. O Observador estava parado do lado de fora da Newark Penn Station, perto de um taxi, enquanto Bolivia encontra o shapeshifter para receber os implantes subcutâneos.


O Glyph Code da semana é simples e direto: Cross. Obviamente uma referência ao cruzamento de universos que vimos durante o episódio, bem como à troca das Olívias, cada uma voltando a seu respectivo universo, onde vão se preparar para a guerra que vem aí.

Talvez Você Curta

0 comentários

Comenta, gente, é nosso sarálio!

Subscribe