Quando comentei o piloto da série, este me deixou com uma boa impressão. Felizmente, a série conseguiu manter tudo que tinha de bom no piloto e agora, sem a necessidade de apresentar personagens e podendo fugir da estrutura engessada do piloto, mostra um episódio ainda melhor.

A qualidade que sobressai nesses episódios iniciais é a facilidade com que a série consegue alternar entre suas temáticas. Em momentos, ela é claramente cômica, no minuto seguinte se torna um drama familiar e em outros se revela um suspense. Essas variações dentro de um mesmo episódio poderiam parecer abruptas mas funcionam maravilhosamente.

Apesar dos poucos episódios, seria muito fácil cometer atrocidades num roteiro que lida com gêneros tão dispares. Mesmo que, por exemplo, a parte suspense seja algo pequeno – as partes que envolvem o chefe de Stephanie e o telepata – esse elemento poderia facilmente estragar esses primeiros episódios.

Mesmo que com uma pequena presença na série, esse lado misterioso garante que haja um conexão entre episódios, prevenindo que a No Ordinary Family viva apenas de episódios totalmente aleatórios.

Mesmo sendo uma produção apenas correta, com alguns pontos notáveis, No Ordinary Family tem tudo para ser reconhecida no fim dessa temporada como uma de suas boas estréias.