Com o uso mais comedido dos flashbacks e, finalmente, dando alguma informação ao público, The Event consegue se redimir da má impressão causada por um piloto confuso

Seguindo um caminho oposto ao do piloto, que mostrava uma trama praticamente inexistente e, por mais inacreditável que seja, conseguia ser confusa, os dois últimos episódios conseguiram misturar com qualidade ação e informações relevantes que foram omitidas no primeiro episódio.

Depois do piloto, ficou clara a impressão de que tudo seria arrastado, entretanto a trama avançou com algumas revelações relevantes (Os presos não são humanos, por exemplo) e ação, ligada a busca de Sean pela namorada. Muito dessa melhora no ritmo da série se deve, ironicamente, a mistura de flashbacks com os acontecimentos no presente.

Se no primeiro episódio esse recurso mais pareceu um meio para atrasar a história, confundido o espectador em um exercício insano sobre como desenvolver quarenta minutos sobre nada, dessa vez o recurso foi usado de modo inteligente. Ao utilizar o flashback para mostrar, por exemplo, a chegada Sophia e seu grupo, os roteiristas escapam da armadilha de ocultar do publico acontecimentos que não têm muita relevância, mas que no futuro poderiam se tornar problemas.

Se a série conseguir manter essa evolução, talvez consiga esquecer o sofrível piloto.