Desperate Housewives: Season 01

4.10.10


Desperate Housewives é uma série que atualmente se encontra em sua sétima temporada. E apesar de continuar sendo um programa que tem uma audiência considerável, foi em sua primeira temporada que ela se tornou um verdadeiro sucesso de público, tendo conquistado picos de 30 milhões de espectadores durante sua exibição, em 2004. O sucesso não é inexplicável: Desperate Housewives representava uma nova abordagem dentre as séries de televisão. E dosava com muita propriedade elementos de drama, mistério e um humor negro bem característico.


A série é centrada a partir do suicídio de Mary Alice Young (Brenda Strong), uma mãe de família que em um dia aparentemente típico se suicida com um tiro na cabeça. A partir daí,somos apresentados ao bairro de Fairview, em Wisteria Lane. Lá, suas melhores amigas tentam desvendar o mistério acerca de sua morte, enquanto resolvem seus problemas pessoais.

Bree Van de Kamp (Marcia Cross) é uma dona de casa perfeccionista que luta para salvar seu casamento com Rex Hodge (Steven Culp), seu marido sexualmente insatisfeito. Lynette Scavo (Felicity Huffman) é uma ex-publicitária que abriu mão de sua carreira para ser mãe em tempo integral de crianças nada comportadas. Gabrielle Solis (Eva Longoria) é a ex-modelo materialista que por não ter a atenção devida do marido, se envolve com o jardineiro de 17 anos. E Susan Meyer (Teri Hatcher) é a mãe divorciada que tenta encontrar o seu amor, porém irá disputar a atenção do novo morador do bairro – o misterioso Mike Delfino (James Denton) – com a mulher considerada a predadora do lugar, a maquiavélica Edie Britt (Nicollette Sheridan).

Confesso que eu tentei acompanhar na íntegra essa primeira temporada já tem alguns anos. Mas as protagonistas me pareciam tão detestáveis, que sempre me faziam abandonar o programa sem nem chegar à metade dos episódios. Cada uma delas representam falhas que são reais e muito bem fundamentadas às suas vidas.

E é justamente essa a mensagem que Desperate Housewives tem que passar e ser acatada pelos que vão assistir. Marc Cherry criou a série a partir de uma reportagem que narrava a trágica história de Andrea Yates, uma dona de casa norte americana que afogou seus filhos numa banheira durante uma crise de estresse. A partir daí foi construído um roteiro que retrataria de forma debochada a vida das donas de casa de um subúrbio fictício. Wisteria Lane é um lugar tão surreal quanto apaixonante.

As mulheres do lugar soam como uma crítica mordaz às mulheres que representam o perfeccionismo do american way of life. A narração onipresente de Mary Alice consegue ao final de cada episódio encontrar uma singularidade nas tramas principais e é nesse ponto que é possível visualizar que Desperate Housewives contém uma narrativa ousada, e até mesmo apaixonante. E é a originalidade espirituosa do roteiro que cativa. As protagonistas continuam para mim sendo motivo de raiva, e com o tempo eu percebi que isso era um ponto a favor da série. Afinal, não é preciso de personagens das quais nos identificamos para que uma boa série cumpra o seu papel. E isso, Desperate Housewives consegue de forma louvável.

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4 comentários

  1. A primeira temporada de DH é realmente mto boa, mto estável. Todos os episódios são importantes pra trama nada é irrelevante. Aliás, é bem difícil encontrar algum episódio de DH que seja pra "encher linguiça". O elenco pode parecer comum qdo vemos cada ator separado mas todos em conjunto funcionam mto bem e são mto sintonizados. Hj em dia sou fã da série pq me apeguei aos personagens...todos.

    Ótimo post, parabéns

    Bjoss

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  2. Ah, valeu!

    Você tem razão quando diz que não há episódios "pra encher linguiça" em DH. Pelo menos na primeira temporada que vi, não lembro de algo dessa natureza. O que acontecia era desvios duvidosos. Mas é algo bem comum numa série de drama que dura 23/24 episódios numa única temporada.

    ^^

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  3. DH encontrou a forma certa de ser narrada de tal maneira que sempre queríamos ir até o fim e descobrir o mistério que só foi revelado no último episódio. Pena que nunca mais conseguiram igualar o mistério da primeira temporada. A partir da segunda temporada, a credibilidade foi pro espaço e o que era absurdo mas engraçado, virou rídiculo. Nesses últimos anos muita gente abandonou a série reclamando da falta de originalidade. Não culpo essas pessoas, até as intendo. Concordo com todos que dizem que a série virou novela. Mas é um caso em que se gosta tanto dos personagens que eles passam a ser da família e acaba sendo impossível deixar de assistir. Recomendo para quem tiver paciência assistir todas as temporadas. Mas para quem não tiver, no mínimo a primeira é obrigatória!

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  4. DH encontrou a forma certa de ser narrada de tal maneira que sempre queríamos ir até o fim e descobrir o mistério que só foi revelado no último episódio. Pena que nunca mais conseguiram igualar o mistério da primeira temporada. A partir da segunda temporada, a credibilidade foi pro espaço e o que era absurdo mas engraçado, virou rídiculo. Nesses últimos anos muita gente abandonou a série reclamando da falta de originalidade. Não culpo essas pessoas, até as intendo. Concordo com todos que dizem que a série virou novela. Mas é um caso em que se gosta tanto dos personagens que eles passam a ser da família e acaba sendo impossível deixar de assistir. Recomendo para quem tiver paciência assistir todas as temporadas. Mas para quem não tiver, no mínimo a primeira é obrigatória!

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