Depois do excelente piloto, Boardwalk Empire, volta para o segundo e decepciona, pelo menos na minha opinião, mas antes de me julgar, vou explicar.

Como sou fã do gênero, me acostumei a ver filmes centrados no chefe, mas sempre focado nos negócios, já que o objetivo dos envolvidos é o lucro, e tudo que isso pode proporcionar. Além disso, vemos como a máfia se comporta em diversas situações, envolvendo os federais e famílias concorrentes. No primeiro episódio, que nos mostrou Nucky Thompson, e tudo ao seu redor, como: inimigos, parceiros, soldados do seu império, e claro como é a realidade de várias classes sociais da época, seja de um político poderoso, a de uma diarista. Tendo o exemplo de Sopranos, série do mesmo roteirista e produtor, demorou 4 episódios para ter uma narrativa no mesmo estilo, porque os primeiros servem para apresentar Tony, Chris, Paulie, Carmella e os demais coadjuvantes, mas nos surpreendendo com situações absurdas para nossa realidade.

Outro ponto positivo, como citado no primeiro review, a estrutura narrativa no episódio anterior é bem mais interessante, com o flashback inicial, cortes lentos, encerramentos, trasinções do estilo de filmes antigos, mas não servem apenas para ajudar a contar a história, tem o objetivo de brincar com a mente do telespectador, remetendo a produções passadas.

Já no segundo episódio a vida dos personagens, foi o assunto principal da trama, seguiu esnobando todo belíssimo cenário, dessa vez focando nos entretenimentos de Atlantic City, no teatro, bordel, dentre outros. Porém sem nada ligado a máfia diretamente, tirando o ponto alto do episódio que mostra Rothstein e Lucky Luciano, em Nova York, querendo descobrir quem mandou matar Colosino, com diálogos impagáveis. E ainda Al Capone, que ainda era barman de um bordel em Chicago. Outro ponto positivo é Margaret, jogada no meio de uma investigação, não sabe qual lado deve apoiar, Nucky ou da polícia.

Falando de Jimmy, que protagonizou o episódio, inicialmente ele vive tudo o que sempre quis, por toda a felicidade que o dinheiro pode trazer a sua família, e quando é rejeitado por seu chefe volta a sua realidade, não passa de um soldado com muita ambição, embora com pouca relevância na hierarquia da máfia, sem poder decisório. O alivio cômico, dessa vez foi a história de um açougueiro local, não adicionou nada para a trama, apenas para mostrar, na ultima cena, o polícial que “sobrou” da chacina do episódio piloto.

Mesmo sabendo a história real, a policiais não parecem ser nenhum um pouco estúpidos, mesmo sabendo que a maioria dos personagens são, ou serão os maiores criminosos da história.

Muitos falaram que o primeiro episódio foi lento, discordei, mas para o “The Ivory Tower”, concordo com o mesmo argumento. Não sei se foi pela expectativa, ou por ter o nome de Terence Winter, acreditei que iria ser tão brilhante quanto Sopranos, mas está mais para Deadwood, outra série que gostei muito, embora com uma proposta diferente. Espero nos próximos episódio ver mais de Nova York, Chicago, e principalmente, Nucky Thompson.