The Big C 1x04: Playing The Cancer Car
14.9.10Para rir e para chorar.
Não existe outra forma de descrever esse episódio de The Big C, meu favorito até agora, que teve essa incrível capacidade de misturar a comédia com a emoção do drama. O principal nisso tudo é que, tirando a parte das loucuras de Cathy, divertidíssimas por sinal, cada cena trazia aquela lembrança amarga de que a morte está cada vez mais próxima e não haverá tempo suficiente para fazer as coisas que se deseja.
A série explora muito bem esse sentimento e, embora nenhum de nós saiba se vai estar vivo amanhã, ter uma previsão de quanto tempo ainda resta deve ser sufocante. Talvez, por isso mesmo, tenham usado a metáfora das lagostas presas num aquário. Cathy precisa libertar a lagosta, porque também estava se libertando. Só não sei se jogar um animal marinho numa piscina de água doce foi exatamente a melhor forma de salvar o pobre crustáceo.
Nem preciso dizer que foi ótimo ver Cathy gastando o dinheiro de sua aposentadoria, literalmente mordendo o doce enquanto pode. Os momentos em que ela se permite viver sem amarras são os melhores. Os momentos de insanidade pura com o médico, fingindo ser outra pessoa, são inesquecíveis. Os dois atores funcionam muito bem em cena e ver o Dr. Todd entrar no jogo de sua paciente foi sensacional. Houve ainda os momentos de sensibilidade e de calma, quando encarar a verdade é inevitável. Esses encheram meus olhos de lágrimas, porque Cathy não está pedindo nada demais. Ela só quer viver e deixar sua marca no mundo.
Enquanto isso, Paul, digo Paulie, arruma uma Maria-Chuteira para chamar de sua. Confesso que ainda não compreendo muito bem o personagem de Oliver Platt, que é o mais alheio dentro da história e só é retratado como um falastrão, o que não é exatamente ruim. Outro pilantra de marca maior é Sean. Achei absurdamente tosca a ideia de que um soquinho daqueles iria arrancar justamente o dente que doía. Não entendo muito disso (além de uma traumatizante retirada de siso), mas me parece impossível tamanha precisão no golpe. Acho que se isso realmente fosse eficaz a gente não iria ao dentista, mas sim, para um ringue de boxe.
Mas, para mim, o pior de todos é Adam. Que adolescente mais escrotamente chato. Cathy não merece uma praga dessas em casa, com certeza. O moleque é mimizento, mimado e completamente imbecil, tanto, que resolve dar mais orgulho para a família roubando videogame. Graças aos céus, Marlene existe. Só mesmo ela, fingindo ser avó desse peste e fazendo chantagens para eu ficar completamente satisfeita.
7 comentários
Ah, muito bom esse episódio, quase chorei no final, na cena do carro. Realmente a metáfora das lagostas foi ótima, e as cenas com o médico também... ri muito.
ResponderExcluirEu até gosto do Adam, mas você tem razão, e vai ser muito bom ver ele sofrendo na mão da Marlene.
Adorei seus reviews!, abraço!
Essa série é triste, mas também acho muito boa! Faz agnte pensar que o relógio ta correndo e deviamos aproveitar mais o nosso tempo, nosso dinheiro, e principalmente nossos pais. =/
ResponderExcluirRealmente Te Big C é uma ótima série, depois da caída no episódio 3, o 4 voltou muito bem, com a pegada de humor e drama onde conseguem pular de um pra outro com facilidade e sem ficar forçado, vida longa para TheBigC apesar da protagonista só ter meses de vida.
ResponderExcluirFoi o meu episódio favorito também. Ri muito.
ResponderExcluirA review também está ótima, e a piscina era de agua salgada, a corretora fala isso alguns minutos antes da Cathy colocar a lagosta na piscina
Muito bom esse capítulo, adorei a metáfora da lagosta, me emocionei na cena em que ela mergulha na piscina (junto com a lagosta), ri demais quando ela se finge de mulher do médico e sobe na bancada da cozinha. Continuo odiando aquela família dela, principalmente o marido, como você disse, a função dele ainda não está bem definida. Pra mim, esse seria o único ponto que deveria ser melhor trabalhado no roteiro.
ResponderExcluirMais uma obra prima do Showtime.
ResponderExcluirMuito bom esse capítulo, adorei a metáfora da lagosta, me emocionei na cena em que ela mergulha na piscina (junto com a lagosta), ri demais quando ela se finge de mulher do médico e sobe na bancada da cozinha. Continuo odiando aquela família dela, principalmente o marido, como você disse, a função dele ainda não está bem definida. Pra mim, esse seria o único ponto que deveria ser melhor trabalhado no roteiro.
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