Qual é o segredo de Rookie Blue?

Mais uma semana, mais um episódio e mais uma vez, fiquei com vontade de ver mais Rookie Blue do que tenho disponível. Sério, é impressionante. Se eu pudesse, veria a temporada completa sem parar. O problema é que eu não posso e preciso ficar nessa maldita expectativa até o próximo.

O pior de tudo é que, se a gente for analisar, essa é uma série simples. Não tem nada de grandioso e muito ousado, é apenas um delicioso feijão com arroz, de tempero viciante e personagens muito bacanas, embora eu ainda ache que os tipos masculinos estão aquém da profundidade que a mulherada da delegacia ganhou em apenas três episódios.

Uma coisa é certa: o roteiro da série está acertando em cheio ao misturar as descobertas profissionais e o aprendizado desses novos policiais com romances e dramas pessoais. É bom porque o público de Rookie Blue não procura apenas o casinho da semana. Essa é uma série policial para quem está atrás de personagens carismáticos e continuidade, já que é impossível ver um episódio isolado da série e, de qualquer forma, há poucas pessoas que não se prenderiam a essa história de forma definitiva.

Andy, não sei como, até agora tem se mostrado uma protagonista interessante e cheia de potencial. Digo isso porque, geralmente, eu odeio a atriz principal e logo me apego às coadjuvantes. Talvez Rookie Blue seja uma dessas exceções da vida. Gosto bastante de triângulos amorosos. Sim, é um clichê gigantesco e mais velho que a história de Jesus Cristo, mas fazer o quê? Não há como negar que funciona e nesse caso, há toda uma expectativa. Andy não definiu nada ainda e por isso, a coisa pode (e deve) pegar fogo entre ela, Sam e Luke. Além disso, há todo o problema com o pai, a bebida e seu excesso de envolvimento pessoal nos casos a que atende. Certamente ela passará por um aprendizado cheio de obstáculos.

Gail é um mix de bitch e garotinha rica que quer provar seu valor à família. Combinação perfeita para criar uma personagem que vai dividir opiniões, embora eu já a deteste de antemão. Traci é muito bacana e ainda não entendi o motivo de ela não dar um pé na bunda daquele chefe/namorado tão mala e que só faz prejudicá-la no trabalho. Torci tanto pra ele levar um soco, que vocês nem imaginam. Fiquei na vontade, por enquanto.

Dov teve mais de duas falas, o que foi surpreendente, mas não suficiente. Digo o mesmo sobre Chris, que parece estar ali só para cumprir a cota dos bonitinhos. Esses dois continuam sendo o grande ponto fraco da série e as tramas mais desinteressantes. Baterei na tecla novamente: é preciso dar uma força aí enquanto é tempo, caso contrário eles se firmarão apenas como figurantes de luxo.