Como é que alguém pode achar essa temporada de United States Of Tara chata?

Tenho lido algumas criticas negativas sobre os episódios dessa segunda temporada e como para mim tudo está absolutamente perfeito, é difícil entender. “Chata” e “parada” são os adjetivos mais comuns e embora eu compreenda que nem todos são obrigados a gostar do ritmo da série, discordo veementemente.

Estamos diante de uma série psicológica. Cujo foco principal é a busca de Tara por uma compreensão de seu passado, na tentativa de viver melhor com seu distúrbio de múltiplas personalidades. Esse é um processo lento, afinal, ninguém entra numa jornada de autoconhecimento que dure 5 minutos. O grande lance é ir devagar, colhendo os pequenos pedaços para juntar tudo no quebra-cabeças.

Esse episódio, em que descobrimos muitas coisas, faz exatamente isso. Quem poderia esperar que Tara e Charmaine fossem adotadas e que os traumas de infância fossem muito mais profundos do que imaginamos? Na visita à Mimi, vemos a casa real que Tara construiu de biscoitos e as descobertas fazem Tara mudar para T (apesar de parecer Buck) e para Chicken, que representa a criança dentro dela. Uma coisa é certa: existe mesmo algum trauma sexual ali, mas ainda vamos ter que esperar um pouco mais para saber a raiz dos problemas.

Esse turbilhão de emoções e o show de atuação de Toni Collette não podem deixar alguém entediado. É impossível.

Para completar, as tramas paralelas estavam muitíssimo interessantes. Kate e seus sonhos de virar uma esposa troféu sustentada pelo marido rico. Marshall e sua doçura ao fica com o melhor amigo e finalmente, a notícia de Neil vai embora. O terreno está preparado para uma grande Season Finale.