Finalmente um episódio que é capaz de mesclar história e emoção em The Tudors.

Estava mais do que na hora. Tenho reclamado da falta de carisma da série e quando eu já havia perdido as esperanças, já que estamos em plena reta final, eis que The Tudors apresenta uma história muito boa, de conteúdo, mas com o tempero certo da ficção.

O interessante é notar que estamos no exato momento onde vemos o “início do fim”. E não apenas da série em si, mas também, sobre a vida de Henry VIII. Nitidamente afetado pela gota, sua saúde não é mais a mesma e o vigor de antigamente desaparece pouco a pouco.

A obsessão de Henry pela conquista de Bolonha e a necessidade de marcar seu nome da história da Inglaterra mostram que ele mesmo já sabia que havia muito tempo de vida. Infelizmente, logo após vencer os franceses, ele descobre uma aliança entre o Imperador da Espanha e o Rei da França. Bolonha deve ser retomada pelos exércitos inimigos e a grande herança de Henry para a honra da Inglaterra, se vai.

Honestamente falando, Henry poderia conquistar o mundo inteiro e mesmo assim, ainda seria lembrado pelos casamentos conturbados, mais do que por qualquer outra coisa.

Na corte, Catherine se aproxima de Lady Mary, Elizabeth e do príncipe Edward. Ao mesmo tempo, age na surdina para promover a reforma religiosa, o que não passa incólume pela fervorosa católica que é Lady Mary. Aliás, o discurso dela para o embaixador da Espanha mostra que o apelido Bloody Mary não surgiu à toa.

O toque de romance e emoção ficaram por conta do Duque de Sulfolk, que há muito tempo andava apagado nesse quesito. No início ele e Henry eram ímãs de mulheres, mas o casamento fracassado o fez mudar.

Logo imaginei que a soldado francesa acabaria numa história assim. Um amor surgido na guerra. Verdade ou não (e provavelmente é apenas licensa poética), eu gostei.