Battlestar Galactica 4x13x14: The Oath/ Blood on the Scales

30.6.10


E só fica melhor.


Quando você acha que Battlestar Galactica mostrou tudo e que o roteiro não pode fazer mais nada depois das grandes revelações, eis que somos brindados com um par de episódios eletrizante, onde Gaeta e Zarek são as putas do motim.

Eu já achava o Gaeta um palermão egoísta e aproveitador, que sempre vai de acordo com o que lhe melhor convém, mas agora, ele se superou e mostrou que pode até ser corajoso, mas também é burro. Tom Zarek é Tom Zarek. Não preciso nem dizer que ele quer ser o presidente desde antes do holocausto e, por isso, ele aposta que a ira de Gaeta e seu cotoco coçador irão levá-lo até o topo.

Ninguém que tenha mais que meio neurônio tentaria algo com Bill Adama. O tio do bigode é foda, simplesmente, mesmo que tenha raspado com a gilete toda aquela sensualidade latina. Para dar o golpe no Bill, é preciso de ‘balls of steel’ e muita falta de juízo, porque o resultado é sempre a favor dele.

Nem preciso dizer que adorei a ação envolvendo os personagens principais. Os Adama, Roslin, Starbuck, Tyrol, Gaius, Tigh contra os anti-cylons. O que mais impressiona é a capacidade de criação desse universo fictício tão complexo e tão coerente, pois nada seria mais óbvio de acontecer do que um motim. A exploração desses detalhes é que faz dessa, uma das melhores séries que já foram produzidas e nem estou contando com a atuação e os cenários.

Mais uma vez, vemos Laura e Gaius num embate. Ambos precisam se posicionar nessa situação e não há mais rota de fuga, pelo menos, não deveria haver. Roslin toma a frente da situação em diversos momentos, se refaz, ganha energia e deixa de ser aquela mulher doente e apática que tanto me incomodava. Gaius, por sua vez, tenta alguma conversa fiada, mas acaba mesmo fazendo o que sabe fazer melhor: sexo com Number Sex (ou uma versão dela). Além de atentar para o fato de que no meio de uma guerra, Baltar consegue ter ereções normalmente, quero aproveitar que ele é o Inri Cristo das galáxias e dar graças aos Deuses por esse belíssimo corte de cabelo, do qual Baltar tanto precisava (So Say We All).

Não nego que fiquei feliz em ver Gaeta e Zarek fuzilados. Foi uma satisfação sem precedentes, mas fico triste porque desconfio que vão matar o Sam. Starbuck pode ficar viúva.

O interessante agora é ver como eles vão lidar com toda essa situação, já que matar as putas do motim não resolve o problema da frota. Sempre haverá o preconceito entre humanos e cylons e a falta de confiança também não é coisa fácil de se lidar.

Quanto a mim, desde que descobri que sou um cylon, tenho essa predisposição em achar que todos devem dar as mãos e ser felizes em algum planetinha longínquo, mas isso ainda vai demorar, porque há ainda os cylons revoltosos e é essa próxima batalha que pode mudar todo o rumo da história.

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3 comentários

  1. tem muito, muito tempo que vi esses episódios, nem lembro de nada. mas bem legal seu review.

    só saiba que (sem spoiler) você tá subindo a montanha.

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  2. Laura Roslin, diretamente de uma basestar Cylon, gritando que fará o que for preciso, incluindo ataque direto, para fazer cair o governo colonial recém-estabelecido (golpe de Estado) é uma das cenas mais paradoxais, inesperadas e fantásticas da série!

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  3. Adorei esses episodios. Adoro a Starbuck achando a maior graça matar os figurantes do motim. Nunca gostei do Gaeta (no começo da serie achava que ele era um cylon e nem disfarçava a respeito) e também torço para que todos deem as mãos e sejam felizes, afinal nós somos cylons.

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