Muita gente continua adorando, mas para mim, The Tudors perdeu a graça. Alguma coisa está faltando no roteiro, que antes instigava e deixava qualquer um louco pelo próximo episódio. Talvez, sejam as dúzias de personagens secundários que são historicamente importantes, mas na trama ganham apenas uma frase ou duas, sendo impossível captar seu verdadeiro impacto. As cenas de sexo voltaram a preencher longos trechos e, embora eu não ache ruim, elas não são mais suficientes para cativar.

Nas duas primeiras temporadas o magnetismo de Ana Bolena e Catarina de Aragão era avassalador. Na terceira temporada, quando começa o troca troca de esposas e o foco na reforma religiosa de Thomas Cromwell o ritmo cai e até hoje, não conseguiu voltar ao que era no início.

Estamos praticamente na metade da temporada final e a qualidade dos episódios acaba de sofrer uma sensível melhora. O foco em Lady Mary e seu talento para o poder ajudam a construir o nome da série, que não é The Tudors apenas por causa de Henry VIII. Infelizmente, acredito que a trama fique apenas focada nos casamentos e no governo dele, não falando da sucessão, já que os 3 filhos do rei chegam a ocupar o trono da Inglaterra.

Nesse episódio, aliás, vimos um pouco mais de Elizabeth, a filha de Bolena e também a doença de Edward, que sobrevive à infância, mas morre ainda jovem, dando lugar à Lady Mary.

A exploração dos sentimentos de culpa do Lorde de Sulfolk também ajuda a humanizar a série, com direito á conversa com o fantasma de um dos homens mortos por ele, a serviço do rei, durante a insurgência religiosa.

Aliás, a excursão pelo norte do país continua com sucesso, embora haja uma guerra iminente com a Escócia e a França.

A traição de Katherine Howard se torna cada vez mais evidente e perigosa e é apenas questão de curto espaço de tempo para que as novidades cheguem aos ouvidos de Henry e mais uma esposa seja levada à guilhotina, acompanhada por seus amantes.