Gossip Girl não para de me surpreender. Episódio alucinante esse a que acabamos de ver, o que torna mais difícil nossa espera pela Season Finale.

Não sei como, mas Gossip Girl conseguiu. A série fez um início de temporada porco, para dizer o mínimo e seguiu com apostas desesperadas por audiência para descobrir que só precisa apimentar o que já tinha em mãos. Pois bem. O resultado é uma virada impressionante na qualidade de roteiro, que, há algumas semanas, nos deixa sempre à espera do próximo episódio.

Minha primeira observação é sobre a falta de Vanessa. Falta? Eu falei falta? Estou louca. Não faz falta nenhuma. Podem deixar assim que está bom, ótimo, excelente. Aliás, o draminha dela com Dan desapareceu por 40 minutos e foi um ponto positivo na trama.

Agora que já descartei o descartável, quero falar dessa intriga fenomenal que, se não foi pensada antes com muito cuidado, teve um desfecho de improviso realmente bom e criativo. Nunca imaginei que Holland fosse ter um papel tão importante na temporada. Ela pode ter aparecido pouco, mas foi fundamental para que tivéssemos uma das histórias mais bem construídas da série. Fiquei com essa impressão de que os roteiristas decidiram de última hora a função de Holland, pela quantidade imensa de explicações na limusine. Blair e Chuck praticamente “desenharam” a trama para o público, talvez, para não deixar a impressão de que foi de supetão, mas comigo, o efeito foi oposto.

Ainda assim, gostei bastante e achei inesperado. Não imaginava que ela fosse terapeuta e muito menos aliada de William. Inclusive, tempos atrás, quando ela apareceu pela primeira vez, ninguém seria capaz de ter uma mente tão criativa que chegasse a adivinhar o que vimos hoje. O resultado foi muito bom e nos deixa num clima ótimo para o desfecho da temporada.

A pior do mundo é Serena. Tão cega e burra ajudando aquele pai que a abandonou que chega a ser revoltante. O pior é vê-la fazer beicinho de raiva para Jenny, Rufus e Cia. Tudo bem que Jenny a gente precisa entender, afinal, ela está doida para roubar Nate Samambaia, mas Rufus sempre foi bacana com ela.

Jenny continua sendo minha favorita. Ela varia da mocinha à bandida em minutos. Esse lado sombrio e egoísta da personagem preenchem a imensa lacuna deixada pela antiga personalidade de Blair, que também não fez feio, mas convenhamos, não é mais o que era antes.

É como se agora ela assistisse de fora e servisse de consultora para tramóias, embora tenha se envolvido mais no plano para reunir Lily e Rufus. Se bem que até Dan estava nessa. O mais importante é esperar para ver a decisão que ela irá tomar sobre Chuck. Espero que a ligação com “Tarde demais para esquecer” pare no Empire State Building. Para quem não conhece o filme, basta saber que o encontro do casal nunca acontece, porque a mocinha é atropelada no caminho e acaba paralítica e muitos anos se passam até um verdadeiro final feliz.