Ao que tudo indica, o viés religioso deve ser posto um pouco de lado. Pelo menos por enquanto o foco é o magnetismo de Katherine Howard, a quinta esposa de Henry. Além do Rei, encantado com os dotes sexuais da menina de 17 anos, os demais homens da corte parecem hipnotizados por ela, que tem ar de inocência, embora não possua realmente essa virtude. Na vida real, o casamento de Henry e Katherine acontece quando ela tinha 15 anos e ele, 49.

Katherine, apesar de nova, tem um passado intenso, que deve vir à tona agora que uma de suas melhores amigas chegou à corte. Apesar de variar entre o temor e a sapequice, a nova rainha não quer realmente que seus podres sejam revelados ao marido. Além disso, ela enfrenta a frieza de Lady Mary, que não aceita a mãe postiça com o mesmo carinho que tinha por Jane Seymour. Vemos também Lady Elizabeth, a filha de Ana Bolena já crescida e a infância do príncipe Edward.

Henry, como era de se esperar, está renovado. Com uma rainha tão nova e cheia de disposição, as vontades deles são facilmente satisfeitas e o reino, que enfrenta um intenso verão e um período de secas, segue sem grandes problemas. Nessa fase, Henry aproveita para se livrar dos últimos prisioneiros da insurgência religiosa incitada por Cromwell e, como sempre, está em conflito com os franceses.

O Duque de Suffolk, já não parece mais o mesmo. Infeliz no casamento e introspectivo desde os massacres religiosos, ele não tem intenções de trair a esposa.

Como se pode ver, pouca coisa realmente interessante acontece nessa Premiere. Talvez, um dos novos personagens, Thomas Culpepper, , um dos homens a serviço do Rei, agite a trama. Ele tem uma estranha obsessão pela rainha e em breve, os dois devem ter um caso, que levará mais essa esposa de Henry à morte, abrindo lugar para a chegada de Catherine Parr, a sexta e última mulher a se casar com o Rei da Inglaterra.