A questão é que, desde o início da temporada, estão tentando nos aproximar dos personagens e entender suas reações mostrando a história familiar e dramas mais caseiros. O foco nas festas, drogas e sexo continua, é claro, mas a proporção me parece bem menor.

O lance com Katie foi assim. Saíram daquela fórmula usual de mostrá-la como uma piranha sem coração e partiram direto para o outro extremo, criando um dramalhão mexicano com a história de que ela tem menopausa precoce e, por isso, não poderá ter filhos. Completando o problema, tem a situação dos pais, que estão no meio de uma crise financeira, perderam a casa, os empregos e podem se divorciar. A mãe de Katie e Emily surta, grita, faz escândalo e simplesmente não pode parar um segundo de seu mimimi para ouvir a filha contar o que acaba de descobrir. No fim, a família acaba reunida. Um final feliz indigno de Skins, que sempre tem a tradição de destruir a vida de todo mundo.

Mas antes, toda a família Fitch precisa pedir abrigo à Naomi. Uma grande humilhação, depois de ela ser notavelmente rejeitada por Katie e a mãe, repetidas vezes. Eles também presenciam a crise entre Emily e a namorada, num momento dramático e muito vergonha alheia pós-traição. Além disso, do nada surge a cena em que temos a ideia de que em breve teremos casal novo na área: Katie e Thomas. Parece bizarro e é bizarro. Duas pessoas tão absurdamente nada a ver, mas que até podem se tornar um caso interessante. Pelo menos, é isso que eu espero. A não ser que, depois de tantos problemas Katie mude e se transforme em boa moça de família, frequente a igreja e deixe de ser a louca desvairada e sem escrúpulos que sempre foi.