Battlestar Galactica 3x16: Dirty Hands

9.2.10

A luta de classes também está em Battlestar Galactica e, não bastasse eu já achar o Chief Tyrol a cara do Lula sem barba, ele ainda se mete na vida sindical e só faz aumentar minha impressão de que um dia, quando chegar ao planeta Terra, ele também pode ser presidente do Brasil.

O episódio é todo focado nele e nas negociações para melhores condições de trabalho para aqueles que trabalham na produção de combustível. Sem qualquer segurança e com crianças trabalhando horas a fio, sem folga, o cenário lembra mais o um sistema de escravidão do que qualquer outra coisa.

Ao ser mandado por Adama e a presidente para conter revolta dos trabalhadores e reativar a produção de combustível para a frota, Tyrol acaba mudando de lado e convocando uma grande greve. Especialmente após ver um garoto, cheio de sonhos, quase perder um dos braços no maquinário podre e sem manutenção.

Para piorar a situação, circula pela frota o livro proibido de Gaius Baltar, que ajuda a incitar ainda mais os trabalhadores e que, de certa forma, está coberto de razão ao mencionar que existe um sistema de classes que simplesmente não muda. Os filhos de fazendeiros continuam sendo criados para seguir a profissão dos pais e nunca ganham novas oportunidades.

Querendo um futuro melhor para o próprio filho, Tyrol acaba se tornando o representante oficial dos trabalhadores e a voz ativa entre os que comandam o que restou da raça humana.

As mudanças , que são poucas, começam devagar, até porque, realmente não há estrutura para nada radical, mas já ajudam a satisfazer a população e mostrar que nada está escrito em pedra.

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