Depois de alguns casos bizarros e de uma Season Finale não anunciada, Nip/Tuck entra, enfim, em sua sétima e última temporada. Sinto muito em dizer que está mesmo na hora, já que a qualidade se perdeu e os personagens também.

Nessa Season Premiere que não tem absolutamente nada que um primeiro episódio de temporada deveria ter, conhecemos mais sobre o passado de Sean e Christian e os caminhos que levaram à sociedade na McNamara/Troy. Pela primeira vez os flashbacks dos tempos de faculdade usaram outros atores representando os personagens principais. Em outras ocasiões do tipo já tínhamos visto Sean e Christian usando bonés e roupas de estilo antigo para mostrar que eram mais jovens, por isso, simplesmente não entendi o uso desse recurso justamente agora.

Detalhes à parte, o que fica claro é que existe ali uma relação onde um está sempre tirando proveito do outro. Nesse caso, todos sabemos que é Troy o beneficiado, enquanto Sean passa os dias trabalhando, estudando e se dedicando para Christian se dar bem, enriquecer e levar a fama de cirurgião brilhante.

Especialmente quando recebem um prêmio conceituado de medicina é que Sean começa a perceber a simbiose dessa amizade. Christian comprou o prêmio e Sean começa a repensar sua carreira e essa relação. Poucas vezes vimos McNamara irado e dessa vez acho que a parceria com Troy pode realmente acabar, coroando o fim de sete anos de série.

Para o caso da vez, tivemos Dan Daly, um homem mutilado, com uma condição genética complicada, que o faz ter comportamento destrutivo e anti-social. O resultado é que, dos cacos restantes da demolição de Sean, que destruiu o prêmio e paredes de mármore num acesso de fúria, o homem retalhou o próprio rosto novamente, numa metáfora para o que está acontecendo com os dois amigos. Uma relação rasgada e mal costurada, onde não vale mais a pena fingir que tudo pode ser bonito novamente.