A perseguição no início do episódio já previa um roteiro cheio de reviravoltas nesse 6º episódio de House, que muita gente insiste em creditar como sendo o 5º. Estou seguindo a numeração da Fox, que, para mim, é a oficial, não importa o que os fãs e blogueiros digam. Vamos acabar com a confusão.

Bobagens deixadas de lado, falemos de Broken Heart, que é um exemplo de roteiro bem construído. Apesar de ainda termos o estilo de fórmula para os casos e diagnósticos, o foco no lado pessoal de House continua e rende muito, quando explorado. É incrível, mas ele ainda se sente afetado pela morte de Amber e acredita ouvir constantes sussurros no quarto onde ela dormia com Wilson. E não apenas lá. No hospital também, apesar de depois, descobrirmos que isso era um pouco da paranóia de House. Intrigado e com medo de estar entrando em colapso novamente, ele faz testes e investiga a origem dos sussurros. A conclusão, pelo para mim, foi surpreendente. Os sons vinham de Wilson que dorme no quarto ao lado e tem o hábito de conversar com a namorada morta antes de dormir. Seria CREEPY se não fosse fofo! Uma boa alternativa de terapia, na minha opinião, que até House resolve testar, numa conversa com seu pai. Mas sendo House, bom, House, ele acha tudo uma grande bobagem e finalmente consegue dormir em paz. Teve ainda um reaquecimento com Cuddy e isso pode ser o início de alguma coisa. Com certeza, muitos fãs estão esperando pra ver esse affair se desenrolar, desde a primeira temporada. Será que agora vai?

Além disso, ele também está tentando ajudar Chase a superar o que fez com o presidente Dibala. A situação começa a ficar insustentável. Chase não dorme, não tem paz e começa a ter ataques de pânico se precisa entrar no quarto onde o ditador morreu. Burrice maior foi Chase confessar tudo para um padre. Ou muito me engano, mas vai acabar em merda. Cameron, por sua vez, assiste às estranhas reações do marido e não sabe como ajudar. Lá vem crise no casamento. Foreman saiu de foco um pouco, o que foi bom, dando espaço para os demais aparecem também.

O caso da vez, com o policial que tinha certeza de que morreria antes de completar 40 anos foi excepcional. Como eu já disse, a sequência inicial foi muito bem construída. Perseguição a um bandido que devia estar nas Olímpiadas ou algo assim, tamanha a habilidade física do cara. O policial, Donny, resolve saltar de um telhado a outro, se espatifa e Cameron, ouvindo a reclamação de que ele está mesmo prestes a morrer, leva o caso para o departamento de diagnóstico.

O fato de o pai e o avô de Donny terem morrido, ambos, antes de completar 40 anos é intrigante e o fez levar uma vida de riscos e solidão. Enquanto as teorias de House e Cia são testadas, uma ex-namorada aparece com o filho adolescente, que Donny nunca quis ou soube ter.

Ele se nega a conhecer o garoto, é liberado do hospital por House e horas depois, morre. O impressionante é que durante a autópsia ele praticamente pula da mesa e berra de dor, quando Foreman já começava a cerrar seu peito para investigar a causa da morte. Bizarro mesmo! Todos começam uma luta contra o tempo, as teorias nunca se aplicam e Donny sente tanta dor, que arranca um dente a sangue frio. Para variar, Uma conversa com Cuddy desperta o cérebro de House, que percebe que Donny tem um aneurisma cerebral, que inflou e acabou afetando os nervos, causando dores fortes e todos os sintomas. Donny se salva, seu, também. E agora, graças a House eles poderão se conhecer e se uma família feliz. Uma ode ao sentimentalismo barato!