De ruim à medíocre, Grey's Anatomy já melhorou muito em relação à Season Premiere suicida. Foi praticamente um consenso geral de que a grande volta programada por Shonda Rhimes quase levou os telespectadores ao uso de antidepressivos. Mas, graças ao bom Deus, já passou. Infelizmente, relutei a ver 'I Always Feel Like Somebody's Watchin' Me' com medo de ter de repetir a dose da outra semana. Não foi péssimo, mas bom, também não foi. Medíocre é mesmo a palavra exata para descrever esse episódio que mostra o desespero de médicos, atendentes e residentes, já que todos podem perder o emprego num piscar de olhos com a tal fusão entre o Seattle Grace e o Mercy West. O Chief tá mais perdido que cego em tiroteio, Só fica naquela sala dele fazendo lista e brigando com o Derek. Convenhamos, Derek tá muito enxerido também, querendo ensinar macaco velho a descascar banana. Chief perde a paciência de vez e as demissões são inevitáveis. E vem em rodadas. Não é à toa que Christina, já normalmente pirada com relação ao trabalho, apela para a pediatria. Taí a última pessoa que se imaginaria bancando a 'Doutora da Alegria' ao lado de Arizona. Mas lá vai ela. Broche de ursinho rosa e agindo feita uma bruxa que assusta as crianças. Callie, que também está atrás de oportunidades de emprego fora da cidade, alerta a namorada (sim, finalmente assumiram a relação) de que Christina vê a pediatria como um modo de se segurar no hospital. Durante uma cirurgia de reparação do bracinho de bebê, Arizona solta o verbo e bota Christina em seu lugar. Meredith tá perdendo a função igual ao George. Não me surpreenderia se a próxima a morrer fosse ela. Só ficou vagando pelo hospital, sem história definida. Muito diferente de Lexie, que foi um dos destaques do episódio e vem crescendo muito na série, numa excelente dobradinha com Mark Sloan. Destaque também, para a participação de James Frain, como um esquizofrênico que chega ao hospital com a mãe, após um acidente de trânsito. O caso foi interessante, a atuação dele muito boa e serviu como escada para Lexie e Bailey. Além do mais, um paciente que fala "Aliens engravidaram minha mãe" e "Colocaram câmeras na minha barriga" só podia ser bacana. Izzie e aquela peruca medonha, que mais parecia uma raposa morta em cima da cabeça, tinham a função de ser engraçadas, mas não rolou. Fiquei com desespero de vê-la trabalhando e o coitado do Karev atrás, obrigando a tomar a medicação e a comer. Pior é que ele ainda é taxado de chato. Podem chamá-lo de tudo, mas de irresponsável, não. Depois veio aquela desculpinha de que as horas de trabalho na Sala de Operações foram os únicos momentos em que ela esqueceu as mazelas de George e de seu câncer. Então, vieram os cortes na folha do hospital. Ninguém que nos prestasse saiu, é claro. E demitiram até a enfermeira que o George pegou nas primeiras temporadas e passou gonorréia ou coisa assim pra ele. Depois, pra mostrar a nova família Seattle Grace, três casais fofos se juntam para uma partidinha de baseball e para esquecer os problemas do hospital. Estão lá Meredith e Derek, Lexie e Mark, Christina e Owen. Um doce retrato de uma família feliz.