Gossip Girl vem de uma espiral de decadência. Não é novidade para ninguém que a 3ª temporada não está lá essas coisas, mas, para falar a verdade, Rufus Getting Married não foi dos piores. Até que senti uma melhora, apesar de alguns absurdos que povoam os relacionamentos dos ricos, famosos e esnobes de Manhattan. Para começar, o reencontro/reaparecimento de Scott, o filho perdido, foi muito sem emoção. Peraí, gente. Quer dizer então que a Lily descobre que o filho que ela deu para adoção e julgava morto aparece novamente na vida dela e o nível de emoção é quase nulo? Só o Rufus demonstrou felicidade mesmo, e ainda assim, achei em muito pouca quantidade. Além do mais, o Dan leva a descoberta numa boa, como se você andasse pela rua e tropeçasse em novo membro da família todo santo dia. Eu, nessa situação, ia sair contando pra todo mundo e não ia demorar nem 5 minutos para acontecer. O mesmo aconteceu com Jenny e Eric, que aceitaram tudo de boa e já queriam jogar banco imobiliário com o novo irmão. Mas nada supera a indiferença de Serena. É como se ela sequer soubesse da novidade ou estivesse ocupada demais com o próprio umbigo e os rolos de Carter para perceber o que se passa. Um dia desses, ela vai chegar pro café da manhã e perguntar quem é o garoto novo na mesa. Fora isso, eu gosto muito de ver Rufus e Lily juntos. Ou quase juntos. Esse mimimi da Lily e o casa-não-casa eram previsíveis. Mas, acabou como tinha de acabar: com casamento! E uma nova família muito incomum, que junta ex-namorados, irmãos em comum e melhor amigo gay, no mesmo pacote. E vamos dar crédito a quem merece. Isso tudo só aconteceu graças à intrépida Georgina, que é louca, sim, mas acaba com a conversa fiada e desenvolve uma trama enrolada em apenas uma chantagem. Não fosse ela, esse casamento demorava mais um tanto e o drama de Scott ficaria por isso mesmo. Aliás, tanto cu doce para acabar desse jeito blasé. Mas, não vou mais voltar nesse assunto. Novamente, vamos nos despedir de Georgina e suas armações. Ela tentou recuperar Dan, usando Vanessa, deu seu show e com mais uma arapuca de Blair e sua fiel escudeira, Dorota, a nossa amada Miss Lexotan de Gossip Girl conhece um "príncipe" da Bielorússia e embarca com ele para sei lá onde. Isso, inclusive, é outra coisa absurda. O cara chega ao bar, falando meio estranho, convida Georgina para viajar com ele e em menos de 20 segundos, voilá! Será que ninguém nunca disse pra ela não aceitar balas de estranhos ou coisa que o valha? Verdade seja dita, temo mais pelo tal príncipe do que por Georgina. Aguardaremos, para breve, seu retorno triunfal.
Serena, que deu o grito do Ipiranga e foi viver no luxo e conforto da residência dos Waldorf é uma revolucionária de meia tigela. Sua grande mostra de rebeldia foi deixar de ir pra uma faculdade muito boa. Eu chamo isso de burrice mesmo. Além do mais, esse trabalho dela de arrumar sapatos de celebridades não rende tanto quanto ser filha de Lily, como ela mesma disse e eu já prevejo que ela vai voltar pra debaixo da barra da saia de grife da mamãe e ficar vagabundeando de loja em loja, até que se canse e queira pendurar a melancia no pescoço de novo. Essa coisa de Serena querer chamar a atenção do pai deu o limite já. E apesar de uma pequena pausa nos grandes flagras dos paparazzi, aquele monte de ações desesperadas devem voltar. Especialmente agora, que Carter pode ter saído da trama também, embora eu não acredite nisso. Muito fraquinha essa história de que ele enganou uma moça rica para que a família dela pagasse suas infindáveis dívidas de jogo e deixou a coitada no altar. Coincidentemente, Bree Buckley, a nova peguetti do Nate, era prima da garota abandonada e chamou os primos grandalhões para acabar com Carter. O fato de ele aparecer no casamento de Lily e Rufus, só serviu para Chuck achar mesmo que ele é sincero em seus sentimentos em relação à Serena. Apesar de ele contar a verdade e tudo o mais, não boto muita fé na boa fé de Carter. Se a Georgina é a Miss Lexotan, Carter leva o prêmio na categoria masculina.
Continuo achando que falta desenvolver as tramas de Eric, Jenny e Nate. Eles viraram mesmo figurantes de luxo e não tem mais função na série. Até que Nate, que descobriu estar sendo usado por Bree para chegar até Carter, ganhou seus dois minutos de tela, mas não vejo sentido em manter o personagem, pelo menos até agora.
Chuck e Blair também saíram de foco um pouco, o que deu certo alívio. As tramas mirabolantes deles começam a ser um pouco pedantes. Dan, que está de namoro com Olívia (Hilary Duff) é outro que tem fortes tendências à chatice, mas pelo menos esse novo romance deve agitar um pouco a série e quem sabe, ajudar a levantar Gossip Girl, que dizem as más línguas, pode estar na corda bamba.