Quando o pai do Alex bateu à porta do novo escritório/casa de Paul no meio da noite, logo vi que não podia ser boa coisa. E não era mesmo. Estava óbvio que aquele homem, pelo menos de acordo com a descrição dada pelo filho nas sessões, não estaria ali para pedir ajuda ou pra mais uma conversa. Ele simplesmente descarregou toda a mágoa pela morte de Alex em cima de Paul e entregou a intimação. Paul está sendo processado por negligência no tratamento de Alex. A alegação é de que ele não impediu que o paciente voltasse ao trabalho, pilotando aviões da Marinha e que isso foi um fator relevante para o aparente e provável suicídio.

É justamente por causa desse processo, que pede 20 milhões de dólares como forma de reparação, que Paul reencontra Mia. Ela é a advogada que o representará e é também uma ex-paciente que se desligou de Paul de forma traumática.

E ele sente isso claramente em cada pergunta que ela faz, em cada pequena insinuação de culpa. Mas sempre garantindo que é a melhor em vencer casos como esse. Aos poucos a história se revela: Paul abandonara Mia, sua paciente, ao se mudar com a família para outro Estado. Desde então ela progrediu na vida, mas continua miserável psicologicamente, culpando Paul, de certa forma por sua completa infelicidade.

A reunião entre cliente e advogado mais parece uma sessão de terapia ou um jeito que ela encontrou de lavar, finalmente a roupa suja. Não demora e os dois concordam que aquilo, provavelmente, não dê muito certo e Paul deixa o escritório preocupado com seu futuro profissional.