Six Feet Under: 1ª Temporada
23.8.08 Eu nem sabia, mas já tinha visto a primeira temporada todinha de Six Feet Under. Para variar a HBO arrasa. Dificil encontrar série babaca e lugar comum. E Six Feet é assim, cheia de surpresas.
Pra começar a família Fisher é dona de uma casa funerária. E eles moram no mesmo lugar onde preparam corpos mutilados, esfacelados, disformes e coisas congêneres. Cada episódio a gente descobre e conhece um defunto diferente, mas o primeiro presunto é o papai Nathaniel Fisher, que avaba esmagado por um ônibus enquanto acendia um cigarro dentro do novo carro funerário. Depois dizem que cigarro não mata. Mata sim, gente. Taí a prova.
Só isso já seria bastante esquisito, mas os Fisher são ainda mais bizarros.
A mãe é a dona de casa certinha, que cozinha, lava, passa e deixa crescer um cabelão medonho de crente. Ela tem aquela de coisa de nenhuma, de mulher de meia idade, quase idosa na verdade, que não tem opinião, insatisfeita com a vida, porque na verdade, depois de 30 anos de casada ela nunca teve um orgasmo. E ela é isso mesmo. Mas ela também não é. Tinha um caso com o cabeleireiro, há dois anos e mesmo com cara de troncha atrai muitos pretendentes.
O filho mais velho, Nathaniel Fisher, igual ao papi, é o tipo rebelde. Sempre teve mede]o daquela defuntaiada dentro de casa e assim que pôde semandou pra bem longe. Mas a verdade é que ele nunca soube o que queria fazer da vida e quando encontra Brenda, uma mulher misteriosa com quem ele trepa no almoxarifado do aeroporto, as coisas começam a mudar. Ele leva metade da funerária na partilha e resolve se fixar por ali.
Quem não curte muito a parceria de início é o irmão dele, David Fisher, mais conhecido hoje em dia como Dexter.David é gay e tem um namorado negão policial. Mas ele é aquele gay ainda não revelado, frustrado, contido, medroso até. Ele nunca sabe o que fazer, como agir e se esconde atrás de uma aparência certinha de dono de funerária. Mas no caminho, ele faz muita cagada e enfrenta desafios para definir quem ele realmente é.
Já Claire, a caçula da família só quer se encontrar. Na escola ela é a esquisita que dirige um carro funerário verde e não tem amigos. Todos pensam que ela é o tipo garota problema e até é, especialmente quando ela rouba um pé e coloca no armário de um babaca com quem ela dormiu e que acabou contando detalhes pra todo mundo.
E tem ainda o Frederico, um artista da reconstrução pós-morte, que vive querendo ser sócio, mas nunca tem chance.
Não podemos esquecer do Billy, irmão psicótico da Brenda que sempre que pode apronta uma e que, na minha opinião tem uma queda incestuosa por ela.
O interessante é que, em meio a tantos elementos sui generis, há também, muita simplicidade. Em Six Feet Under, a cada morte, aprendemos um pouco mais sobre a vida.
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